BIOGRAFIA INTERROMPIDA

Ex-magistrada lança livro onde narra trajetória em meio a "armação e conspiração"

6 JUN 2023 • POR Jotta Nunes • 09h07
O evento aconteceu na GP livraria, em Araguaína e a coluna Chic's foi prestigiar o lançamento. - Jotta Nunes

A desembargadora Willamara Leila de Almeida realizou na última sexta-feira (02), o lançamento físico do livro "Biografia Interrompida". 

O evento aconteceu na GP livraria, em Araguaína e a coluna Chic's foi prestigiar o lançamento. 

O livro narra a trajetória da ex-magistrada que promete apresentar aos leitores “profundas impressões” sobre os fatos que interromperam a sua carreira incluindo segundo ela "armação e conspiração" contra ela. 

Em  seu livro, a desembargadora compartilha suas experiências pessoais e profissionais refletindo sobre temas como: resiliência, transformação pessoal e justiça social. 

SOBRE A AUTORA

Willamara Leila de Almeida é natural de Goiânia (GO), ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins. Desembargadora aposentada compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e esscritora. 

Ela foi afastada do cargo em 2011 e aposentada em 2012 após a operação Maet da Polícia Federal apontar envolvimento da então magistrada em um suposto esquema de venda sentenças e fraude em cobrança de precatórios. A ex-magistrada nega todas as acusações e afirma que foi vítima de armação e conspiração. 

TRECHO DA PUBLICAÇÃO

“Capítulo 12: O Ovo da Serpente 

Nos dias que antecederam o meu afastamento ocorreram diversos eventos no âmbito do Judiciário Estadual. Um deles, contou com a palestra de um ministro de tribunal superior, na sede da OAB local. Políticos de expressão também estavam presentes.

Ao contrário de todos os eventos nos quais me fiz presente, eu não me sentia confortável. Algo estranho pairava no ar, como se todos ali soubessem de algum fato e somente eu desconhecia. Um político presente era muito amigo daquele ministro. Tive vontade de deixar a mesa, aquele evento não fez bem ao meu espírito. Dei graças a Deus quando tudo terminou. Mesmo assim, fiz algumas fotos com ambos e saí dali com a nítida impressão que não era uma pessoa bem-vinda naquele ambiente. 

Alguns anos mais tarde, um Advogado me confidenciou que havia sido contactado por político de expressão, para que comparecesse àquele evento na OAB e fizesse um escândalo contra mim, na presença do Ministro. Segundo ele, sua resposta foi curta e certeira. ‘Sou homem e não moleque. Tenho muito respeito pela Desembargadora”. Se ainda existia resquício de dúvida em mim, quanto a uma conspiração, naquele momento ela se dissipou”.