Policial penal é condenado a mais de 18 anos por matar inquilino em kitnet

O policial penal Dorvilê Sobrinho Costa foi condenado a 18 anos e nove meses de prisão por matar, com golpes de facão, o vizinho e inquilino Gustavo Pereira Batista. O crime aconteceu em uma kitnet em setembro de 2022, após o policial ter uma crise de ciúmes.

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A condenação foi definida durante a sessão do Tribunal do Júri realizada nesta quinta-feira (27). Foram ouvidas 10 testemunhas e o acusado. Dorvilê foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima

A defesa de Dorvilê disse que a condenação levou em consideração "tão somente a gravidade em abstrato do crime, deixando de observar a circunstâncias de como ocorreu o fato e foi aplicada uma pena demasiadamente alta. Que irão recorrer da pena que foi aplicada, visto que todas as circunstâncias judiciais são favoráveis a ele e, posteriormente, recorrerão da decisão do julgamento".

O g1 solicitou posicionamento sobre o caso para a Secretaria de Cidadania e Justiça e aguarda resposta. A decisão ainda cabe recurso.

Em novembro de 2022, Dorvilê foi preso preventivamente após confessar o crime. Em seu depoimento, ele disse que matou Gustavo por causa de um desacordo relacionado a devolução do imóvel. Já as investigações realizadas pela Polícia Civil, apontaram que uma crise de ciúmes teria levado o policial a praticar o crime, por achar que o vizinho estaria tendo interesse em sua esposa.

Relembro o caso

O crime aconteceu na noite do dia 23 de setembro de 2022, em uma kitnet na 603 Norte. Gustavo Pereira Batista, de 36 anos, foi assassinado com golpes de facão. A vítima tinha passagens pela polícia, por isso estava usando uma tornozeleira eletrônica quando foi morto. Ele e o suspeito se conheceram na unidade penal, onde o Gustavo cumpria pena e Dorvile Costa trabalhava.

Na época, quando as equipes chegaram ao local do crime Dorvile, que é proprietário do imóvel, já tinha fugido. A PM chegou a ser informada durante a ocorrência que ele iria se apresentar em uma delegacia com a presença do advogado.

*G1 Tocantins