PEDIDO FEITO NA PF

Associação de servidores do Ibama cobra investigação sobre assassinato de brigadista

11 JUL 2024 • POR • 08h40
Sidney Silva foi morto a tiros na porta de casa em Formoso do Araguaia - Arquivo Pessoal

Um pedido de federalização para as investigações sobre o assassinato de Sidiney de Oliveira Silva, de 44 anos, foi protocolado nesta quarta-feira (10) na Polícia Federal do Tocantins. O brigadista foi assassinado a tiros na porta de casa no dia 15 de junho, em Formoso do Araguaia. Desde então, o caso passou a ser acompanhado pela Polícia Civil.

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O pedido foi feito pela Associação de Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do Tocantins. Segundo o presidente da Asibama-TO, Wallace Rafael, um outro protocolo deve ser aberto junto ao Ministério da Justiça, em Brasília.

"A gente espera que esse processo seja concluído o mais rápido possível e que as investigações sejam aprofundadas o suficiente para que a gente chegue no mandante ou mandantes desse crime. A gente espera também que haja uma colaboração entre as polícias Civil e Federal, para que justamente haja uma investigação mais célere e efetiva sobre esse crime. Também vamos protocolizar esse pedido junto ao Ministério de Justiça, em Brasília", disse.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que não tem medido esforços para solucionar o caso e que investigações complexas exigem um tempo maior para serem concluídas. (Veja nota completa abaixo).

Brigadista Sidney Silva é assassinado em Formoso do Araguaia — Foto: Reprodução/redes sociais

O documento, que a TV Anhanguera teve acesso, defende que o caso deve ser passado para a esfera federal já que "compete a justiça federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função".

O presidente da Associação ainda diz no pedido que Sidney "era um exímio conhecedor da realidade da llha do Bananal, onde enfrentava a criminalidade ambiental incrementada nos últimos anos pela invasão desordenada de pecuaristas desejos de ocupar a terra pública para a criação de seus rebanhos bovinos"

A Polícia Federal do Tocantins disse que o caso está sob a responsabilidade da Polícia Civil, que tem expertise necessária para realizar a investigação dos fatos. (Confira nota completa abaixo)

Relembre o crime

Casado e pai de três filhos, Sidiney era ambientalista e brigadista experiente, contratado do programa Pevfogo, do Ibama. Ele atuava no combate a incêndios florestais, na região da Ilha do Bananal e dentro dos territórios indígenas do Parque Nacional do Araguaia.

No dia do crime ele foi encontrado pela irmã. Ela disse ouviu duas ''explosões e ao chegar à porta viu um homem caído pero do portão.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a investigação apontou que a arma utilizada foi uma espingarda cartucheira. Os tiros foram disparados de uma casa abandonada que fica na frente ao local que ele estava quando foi morto. Um vizinho relatou à polícia que antes de amanhecer, viu uma motocicleta parada na esquina. Nela estava um homem de jaqueta e capacete observando o local.

O que diz a SSP

A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins reitera que as circunstâncias da morte do brigadista Sidiney de Oliveira Silva estão sendo investigadas pela 84ª Delegacia de Polícia de Formoso do Araguaia, com o apoio da 3ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP - Gurupi), da 8ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (DEIC - Gurupi) e da 7ª Delegacia Regional da Polícia de Gurupi.

A SSP/TO reitera ainda que, a Polícia Civil não tem medido esforços para buscar a elucidação de crimes desta natureza, ressaltando que se tratam de investigações complexas, que demandam um tempo maior para serem concluídas.

Mais informações serão repassadas em momento oportuno.

O que diz a Polícia Federal

O caso está sob a responsabilidade da Polícia Civil do Estado do Tocantins, que detém a atribuição legal e constitucional, além da expertise necessária, para realizar a investigação dos fatos através do competente Inquérito Policial.

*G1 Tocantins