NO RIO DE JANEIRO

Projeto de iniciação tecnológica do HDT-UFT é apresentado em congresso mundial

16 SET 2024 • POR • 09h36
Fruto do PIT/Ebserh, projeto de confecção de peças anatômicas em impressora 3D foi mostrado ao público do evento internacional - Divulgação

O projeto de iniciação tecnológica de confecção de peças anatômicas em impressora 3D (tridimensional) do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT) foi apresentado no 47º World Hospital Congress (Congresso Hospitalar Mundial), evento promovido pela Federação Internacional de Hospitais (IHF), no Rio de Janeiro de 10 a 12 de setembro. O HDT-UFT é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). 

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O projeto “Peças anatômicas impressas em 3D utilizadas como ferramentas de educação e auxílio na prática clínica por profissionais da saúde” foi apresentado na modalidade pôster, no dia 10. O estudo é orientado pela professora de anatomia do curso de Medicina da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), Ediana Vasconcelos da Silva, com a participação de alunos do curso de Medicina da mesma universidade.

“A tecnologia associada aos modelos anatômicos impressos em 3D traz benefícios a todos os envolvidos, profissionais da saúde e pacientes. O pioneirismo, na região Norte do País, associado ao projeto e os bons resultados alcançados demostra a sua importância ao HDT e à comunidade”, explica a docente.

Para a orientadora do projeto, há uma gama de utilidades para essa tecnologia que vão desde situações consolidadas como o projeto de peças impressas para utilização em educação em diversas áreas, bem como o planejamento de procedimentos cirúrgicos ou análise de exames de imagem convertidos em modelos em 3D. “Apresentar esse projeto em um congresso mundial hospitalar reafirma a importância do estudo para a área da saúde”, completa Ediana Silva.

O projeto já elaborou e entregou ao HDT-UFT peças como um crânio com maxilar e mandíbula (para uso da Odontologia), um coração (para a Cardiologia) e um encéfalo (para a Neurologia). Peças que se transformaram em ferramentas para facilitar a comunicação entre o profissional de saúde (médico, enfermeiro e técnicos) e o paciente, contribuindo para um melhor entendimento do diagnóstico, do prognóstico e da evolução dos tratamentos de diferentes patologias.

Um dos participantes do projeto, o estudante do 5º período Jailson Medeiros representou o grupo de pesquisa no evento e destacou a importância desse reconhecimento. “O congresso é fantástico e foi uma grande oportunidade de conhecer e verificar experiências de outros países, além da realização de networking. Ficamos entre os 10% de quase dois mil projetos inscritos que foram selecionados para apresentação. Isso mostra que a nossa pesquisa promoveu um impacto nas pessoas ao propor uma melhor comunicação com o paciente”, destaca Medeiros.

Mais sobre o projeto

Os profissionais da Odontologia, Fonoaudiologia, Cardiologia e Neurologia do HDT-UFT usaram as peças anatômicas em impressão 3D durante os seus atendimentos por três meses e, ao final desse período, foi aplicado um questionário para eles avaliarem a utilização do modelo na assistência aos pacientes. “Recebemos um feedback muito positivo dos profissionais”, comenta Jailson Medeiros.

As peças anatômicas têm um bom custo-benefício por serem de baixo custo e resistentes, podendo ser utilizadas por muito tempo contribuindo para uma melhor comunicação dos profissionais com os seus pacientes.

Além de Ediana Silva e de Jailson Medeiros, participam do projeto os estudantes Filipe Cavalcante, Alexandre Matos Segundo, Letícia Aragão, Victor Resende e Guilherme Cunha.

Sobre a Ebserh

O HDT-UFT faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.