INVESTIGAÇÃO

Operação cumpre mandados contra policiais suspeitos de executar homem e forjar troca de tiros

15 OUT 2024 • POR Da Redação • 08h20
Caso investigado aconteceu em junho de 2024, no Aureny III, região sul de Palmas - Kaliton Mota/TV Anhanguera

A Polícia Civil cumpriu mandados de prisão contra cinco policiais da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) nesta terça-feira (15). Eles são investigados por envolvimento em um homicídio e por forjar uma troca de tiros em Palmas. Um guarda municipal também é alvo da ação.

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SIMULAÇÃO DE CONFRONTO

De acordo com as investigações, o grupo teria encenado uma troca de tiros para justificar a morte de um jovem no bairro Jardim Aureny III. A acusação aponta que os policiais ainda teriam plantado uma arma próxima à vítima, tentando simular um confronto armado.

AFASTAMENTO DOS ENVOLVIDOS

A Justiça do Tocantins determinou o afastamento dos cinco policiais e do guarda das atividades nas ruas da capital. Eles tiveram suas armas recolhidas, o porte de armas suspenso e estão sendo monitorados por tornozeleiras eletrônicas.

POSSÍVEL "RITUAL DE BATISMO"

Há suspeitas de que dois dos policiais, que ingressaram na PM em 2022, participaram do crime como parte de um "ritual de batismo" após concluírem o curso da Rotam. Segundo a investigação, os novos membros são intencionalmente colocados em situações de confronto com criminosos.

Grupo de policiais é suspeito de executar vítima e forjar troca de tiros — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O HOMICÍDIO

O crime aconteceu em 18 de junho, em uma oficina mecânica no bairro Aureny III. A vítima, Jaimeson Alves da Rocha, de 35 anos, foi abordada pelos policiais enquanto consertava sua moto. Seis disparos foram feitos, três atingiram Jaimeson, que morreu no local.

ANTECEDENTES DO CASO

Jaimeson já havia se envolvido em um conflito com policiais em novembro de 2023, onde foi baleado. Após o incidente, ele passou a ser monitorado por um policial da inteligência e por um guarda municipal, que acessava o sistema de câmeras da prefeitura para repassar informações sobre a rotina da vítima.

PROVAS  

Laudos periciais, declarações e imagens de câmeras de segurança foram apresentados à Justiça, indicando evidências claras da execução de Jaimeson. Três dos policiais admitiram terem atirado na vítima, alegando que agiram em legítima defesa após Jaimeson sacar uma arma.

VERSÃO DOS POLICIAIS

Os policiais afirmam que, ao ser abordado, Jaimeson teria ignorado as ordens e disparado contra os agentes, o que teria levado à reação dos policiais. Mesmo após ser ferido, a vítima teria tentado acionar a arma novamente, levando um dos policiais a desarmá-lo.