CRIMES EM 2014 E 2015

Professor é condenado a 48 anos de prisão por estuprar a própria filha várias vezes

16 OUT 2024 • POR • 10h45
Decisão da Comarca de Augustinópolis considerou que o acusado usava sua autoridade para se aproveitar da vítima, menor de 14 anos - Divulgação/Cecom/TJTO

Um homem, de 46 anos, foi condenado a 48 anos de prisão por estuprar a própria filha quando ela era adolescente. Além dos crimes sexuais, a vítima afirmou ser ameaçada pelo lado paterno da família após denunciar os abusos.

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A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) acusava o homem, que também é professor, de ter usado sua autoridade de pai para abusar sexualmente da filha por nove vezes. Na época, a vítima ainda não havia completado 14 anos de idade.

Conforme o processo, os crimes aconteceram entre 2014 e 2015. O julgamento foi concluído na segunda-feira (14) pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, da comarca de Augustinópolis.

Segundo a sentença, os crimes foram cometidos dentro do quarto da casa em que moravam, com as portas trancadas. A filha relatou que o acusado vivia bêbado e se aproveitava da ausência da esposa para se trancar no quarto com a vítima com a desculpa de que queria conversar com ela.

A adolescente era surpreendida com atos libidinosos, sem possibilidade de defesa.

O juiz manteve o réu preso preventivamente ao mencionar que a filha ainda tem medo do pai e também porque ela teria voltado a sofrer com chantagem emocional do lado paterno da família, depois de denunciar o caso.

Na sentença o juiz afirma que a materialidade e a autoria do crime foram comprovadas "através do vasto acervo probatório levado aos autos", durante a instrução processual.

"Confirmou-se efetivamente que inexiste qualquer contradição nos relatos da vítima e tampouco qualquer indício de que esta teria motivos para imputar falsamente ao denunciado a autoria dos fatos narrados na inicial acusatória", escreveu o juiz.

*G1 Tocantins