EM ARAGUAÍNA

6 pessoas são indiciadas por extorsão, sequestro e latrocínio de pecuarista

14 DEZ 2024 • POR • 08h16
Investigações sobre o caso forma realizadas pela 3ª DEIC de Araguaína - Divulgação

A Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por meio da 3ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Araguaína), concluiu nesta sexta-feira, 13, as investigações a respeito do caso que envolveu o desaparecimento e morte de Carloan Martins Araújo. O inquérito foi encaminhado à Justiça, com o indiciamento de seis pessoas pelos crimes de extorsão mediante sequestro (art. 159 do Código Penal) e latrocínio (art. 157, §3º, inciso II, do Código Penal).

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Conforme explica o delegado-chefe da Unidade Especializada, Márcio Lopes da Silva, os delitos são considerados graves, com penas previstas de 16 a 24 anos de reclusão, no caso de extorsão mediante sequestro, e de 20 a 30 anos de reclusão para o latrocínio, podendo ser aplicadas cumulativamente de acordo com a sentença judicial.

Os investigados: F.C.S. vulgo Dentinho, A.J.C. vulgo Neguinho, D.M.S.A. a autora, M.E.V.S. também conhecida como Duda e L.F.B. vulgo R7, foram detidos no curso da investigação. Entretanto, G.S.L.P., conhecido como "Russo", permanece foragido e é alvo de diligências policiais.

Investigações e provas 

O pecuarista Carloan Martins foi atraído pelos investigados para uma emboscada em outubro de 2024. A vítima foi torturada, extorquida e, após o crime, seu veículo foi subtraído e utilizado pelos autores. O corpo de Carloan foi encontrado em uma cova rasa no quintal de uma casa, conforme laudo pericial detalhado.

Durante as investigações, a Polícia Civil realizou uma análise detalhada de imagens, extratos telefônicos e contas bancárias, encontrando evidências que indicavam a participação dos indiciados nos delitos. As provas colhidas confirmaram o envolvimento direto dos investigados no planejamento e execução dos crimes.

Com o aprofundamento das investigações, a Polícia Civil descartou qualquer participação da ex-companheira da vítima na ação criminosa, apesar de especulações iniciais levantadas por populares.

Com base nos indícios de participação dos investigados, a Polícia Civil representou pela conversão das prisões temporárias em preventivas, visando garantir a ordem pública e evitar novas fugas. Porém, G.S.L.P teria fugido da cidade logo após tomar conhecimento das medidas judiciais, conforme apurado.

Com a conclusão das investigações, o caso agora está sob a análise do Poder Judiciário, que decidirá sobre as medidas a serem tomadas contra os indiciados. 

A Polícia Civil reforça o compromisso com a busca pela justiça, trabalhando para localizar o último foragido e apresentar todos os envolvidos à Justiça.

“Esse é mais um crime gravíssimo que a Polícia Civil do Tocantins, em poucos dias, desvendou e identificou todos os seus autores, bem como descobriu a motivação para o latrocínio que chocou a população de Araguaína pela forma como foi praticado. Agora, presos, os autores devem enfrentar as sanções da Justiça e se condenados, podem passar muitos anos presos”, destaca o delegado.