HISTÓRICO DUVIDOSO

Juiz estipula fiança de R$ 100 mil para funcionária acusada de desvio financeiro

25 MAR 2025 • POR Da Redação • 19h14
Defesa teve Habeas Corpus negado pela justiça. - Reprodução

Iomayra Oliveira, 36 anos, presa por desviar dinheiro da empresa onde trabalhava tentou responder ao processo em liberdade, mas o juiz exigiu fiança de R$ 100 mil.

PRISÃOAPÓS DENÚNCIA

A patroa descobriu o esquema e acionou a Polícia Civil. Iomayra foi presa em 20 de março e levada para a Unidade Penal Feminina de Palmas. Ela é acusada de furto qualificado.7

A descoberta aconteceu quando a patroa assumiu as funções de Iomayra que era contratada desde julho de 2024. A dona da empresa encontrou boletos pagos duas vezes—uma para uma empresa da funcionária e outra para os fornecedores reais.

JUSTIÇA NEGOU SOLTURA 

Na audiência, Iomayra alegou ter dois filhos menores e pediu liberdade. O juiz recusou e condicionou a soltura ao pagamento da fiança ou bloqueio de suas contas.

A defesa tentou recorrer, alegando constrangimento ilegal, mas o pedido foi negado pelo juiz que considerou que como o caso envolve patrimônio, poderia haver a possibilidade de Iomayra retirar a quantia que possui de contas bancárias.

A advogada de Iomayra afirmou que é cedo para confirmar o crime e destacou que o bloqueio já foi deferido pela justiça. A defesa disse ainda que o bloqueio de bens foi deferido pela Justiça no mesmo dia da audiência de custódia, mas não informou se a investigada foi liberada da prisão (veja nota na íntegra no fim da reportagem).

OUTRO CASO DE DESVIO 

Iomayra responde ainda por outro caso de desvio em um posto de combustível, onde segundo apurado pela polícia. 

Na outra empresa que trabalhou, um posto de combustíveis, a investigada teria dado um prejuízo inicialmente de R$ 400 mil, mas que pode passar de R$ 700 mil, segundo o delegado Evaldo. Esse inquérito é apurado pela 2ª Delegacia de Polícia.

ALTO PADRÃO DE VIDA 

Ganhando R$ 1,5 mil por mês, a mulher de 36 anos ostentava um padrão de vida acima das expectativas. Iomayra tinha carros importados, imóveis fazia muitas viagens e possuía eletrodomésticos caros. O delegado acredita que o dinheiro veio dos desvios.

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Íntegra da nota da defesa

Acerca das acusações, ainda é prematuro concluir pela materialidade delitiva, tendo em vista que houveram apreensões ilegais e o inquérito ainda não foi finalizado. A representante pontua que fará uma investigação defensiva até o relatório final, para que nenhuma ilegalidade ou retaliações sejam perpetuadas nesse processo.