As aparências
17 MAR 2011 • POR • 13h49
Embora exista muita gente fazendo esforço para acabar com o “preconceito” existente no mundo, nesses últimos quatro anos de dedicação ao serviço público: dois, nos anos de 2008 e 2009, frente ao Banco do Brasil e os dois últimos anos no estágio na Defensoria Pública, percebi que muitas pessoas estão acostumadas a avaliar as pessoas pela aparência.
Hoje quando você anda bem vestido, logo recebe um tratamento diferenciado daquele que usa uma roupa simples, humilde e mal passada.
Basta que se observe. Quando andamos pela rua e alguém bem apessoado se aproxima, jamais cogitamos que ele possa ser um ladrão. Mas, se alguém que calce chinelos, usa roupas comuns e o cabelo desarrumado nos aproxima, a reação é imediata. Ficamos receosos, com medo, de sobreaviso e com pré-julgamento.
Tudo isso ocorre porque estamos acostumados a avaliar as pessoas pela aparência. E o pior disso tudo é que muitos não sabem o significado da palavra “HUMILDADE”.
Cito aqui o exemplo de um dos homens mais ricos do Tocantins: Pedro Iran - Empresário que anda de acordo com sua consciência. Segundo falam nas esquinas, ele foi ironizado por uma empresa aérea quando disse que queria comprar um avião à vista. O fato aconteceu porque no momento em que chegou a referida empresa, estava com sua inseparável "havaiana", com a camisa desajeitada, calças desbotadas e usando um chapeú sem marca sobre sua cabeça.
E o pior disso tudo, é que os preconceituosos acham que estão agindo corretamente, pois é comum hoje em dia os “estilistas de moda e consultores de marketing pessoal” exigir de você um traje adequado para que você tenha um mínimo de respeito de seu superior.
Quero que fique bem claro, que não estou aqui querendo que você vá trabalhar todo desarrumado. É questão de bom-senso ir laborar com um traje de acordo com o ambiente.
Assim, saibam que as aparências enganam e devemos nos habituar a valorizar as pessoas por sua condição interior, por decência, suas caridades, e de atos de amor que proporciona ao próximo.
Afinal, temos valor por nós mesmos, pelo nosso proceder e não pelas posses materiais e cargos. Tudo é passageiro, e que somente as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. Os verdadeiros títulos de nobreza são as virtudes (talentos). Eis aqui a chave da felicidade.
Por fim, saibam que na balança Divina e até mesmo na espada segurada pela Deusa Têmis, todos os homens são iguais perante a lei. Não há distinção.
Thiago Alencar. Acadêmico de Direito da FACDO. Servidor Público Estadual. Blogueiro.