"Cristo Redentor será reformado", garante secretária de Cultura
9 MAI 2011 • POR • 08h57
Daniel Lélis
Da Redação
Na matéria ‘Abandonado, cartão postal pede socorro’, publicada no Portal O Norte, nossa reportagem apresentou a situação de abandono em que encontra a o cartão postal mais famoso de Araguaína, a réplica do Cristo Redentor. Dentre os problemas constatados pela nossa equipe, que foi até o local na época, estão as infiltrações e rachaduras que tomam conta do monumento, o gigantesco número de pichações e a considerável quantidade de lixo espalhada pelo lugar. Ornamentação enferrujada, sala de exposições anexa vazia e falta de um vigilante foram outras mazelas mostradas na matéria.
Projeto de reforma
Em entrevista exclusiva ao Portal O Norte, Marly de Carvalho, Secretária de Cultura da cidade de Araguaína, informou que o órgão está buscando recursos, inclusive da iniciativa privada, para restaurar o Cristo. De acordo com ela, há um projeto de reforma, avaliado em cerca de R$ 60.0000,00, que prevê a restauração da obra.
Marly afirmou também que a Secretaria já entrou em contato com um restaurador e que a reforma não pode ser iniciada ainda em razão do período de chuvas, que segundo ela, atrapalharia na execução do projeto: “Temos buscado recursos para reformar tanto o Cristo quando o Espaço Cultural, que também se encontra abandonado. Estamos esperando o período chuvoso passar, para que possamos, com as parcerias conquistadas, dar início a restauração e fazer as melhorias necessárias previstas no projeto”, afirma ela.
Vigilantes
Com relação à segurança do cartão postal, Paulo Renato, diretor do Departamento de Vigilância Patrimonial, conta que existem três pessoas que vigiam o Cristo Redentor. Duas, segundo ele, se alternam durante o dia e uma fica no período noturno.
Quando informado de que a nossa equipe de reportagem não encontrou, durante mais de uma hora que esteve no local, qualquer pessoa que respondesse pela segurança do Cristo, Paulo a reconhece e justifica: “De fato, os vigilantes se ausentam em algumas horas do expediente por conta da falta de estrutura do lugar. Falta um bebedouro para eles, um banheiro e até uniformes. Se eles querem fazer alguma necessidade, precisam ir até a casa de pessoas que moram na região”.
Falta de consciência
Com relação às pichações do monumento, Marly de Carvalho conta que um dos maiores inimigos do cartão postal é a falta de consciência dos visitantes: “Certa vez encontrei no meio da tarde um jovem pichando o monumento. Pedi que ele parasse; ele me deu as costas e continuou o seu trabalho criminoso”, conta ela, que finaliza dizendo: “As pessoas precisam ter consciência de que o Cristo Redentor é um tesouro nosso e que é nossa responsabilidade cuidar dele”.