FEIRA LITERÁRIA

Porto Nacional fez lançamento da Flit 2011

23 MAI 2011 • POR • 20h35
O Musical "Brasil Clássico Caipira" encantou o público presente no lançamento da FLIT, na Praça da Matriz. - Manoel Lima

A Praça da Catedral Nossa Senhora das Mercês, a igreja matriz de Porto Nacional, a 66 quilômetros de Palmas, recebeu uma grande festa na noite deste sábado, 21. O município foi sede do lançamento da Feira Literária Internacional do Tocantins, a FLIT 2011. Quem participou pôde conferir um aperitivo do que vai acontecer na Praça dos Girassóis, em Palmas, de 25 de julho a 3 de agosto.

O governador Siqueira Campos fez o lançamento oficial acompanhado da primeira-dama do Estado, Dra. Mariluce Uchoa Siqueira Campos, do senador Vicentinho Alves (PR/TO), que é portuense, e de outras autoridades. “Essa feira vem promover coisas por demais importantes. Você veja, hoje, nós estamos lendo pouco e as novas gerações estão muito envolvidas somente com o computador, mas é preciso que elas descubram que a leitura as desenvolverão muito mais - na computação, na internet - do que se elas não praticassem a leitura”, afirmou o governador Siqueira Campos.

Segundo o secretário da Educação, Danilo de Melo Souza, a feira contará com espaços abertos, evitando problemas de filas e ingressos.“É uma feira de caráter internacional. Nós teremos pelo menos 10 expressões da literatura internacional, grandes nomes da literatura nacional. Teremos assim, um foco na literatura técnica. Grandes atrações que fazem um diálogo com as diversas idades e concepções de arte – de orquestra sinfônica até música popular, rock", explicou o secretário.

Vídeos trouxeram um pouco da obra de cada um dos escritores que serão homenageados pela FLIT: Marie Curie, homenageada internacional; Augusto dos Anjos, como escritor nacional; e Juarez Moreira Filho, como homenageado regional.

“Me sinto muito honrado, sobretudo porque tive uma sorte imensa de ser o primeiro homenageado regional da Feira Literária Internacional do Tocantins. São mais de 30 anos de minha vida dedicados à literatura”, disse o escritor Juarez Moreira Filho.

O principal objetivo da FLIT é ampliar o acesso da população aos bens culturais e sociais, consolidando a política de incentivo à leitura, além da produção literária e cultural do Tocantins.

Apresentações culturais
A programação cultural aconteceu ao ar livre, com intervenções artísticas dos Tambores do Tocantins, dos Palhaços Batatinha Frita e Cocada, apresentação do grupo de sússia, feira de gastronomia local e estandes de alguns dos livreiros que estarão na FLIT. A noite começou com apresentação da banda da Guarda Metropolitana. O som e os passos típicos da Folia do Divino Espírito Santo foram um resgate da cultura de Porto Nacional e do Tocantins. Jovens da Escola Estadual Carmenia Matos Maia, de Porto Nacional, também apresentaram a sússia.

Quem participou ficou encantado com o que viu. “É maravilhoso. Eu acredito que terá muito mais espaço, mais atrações. A data escolhida também foi ótima. Eu penso que é mais uma possibilidade de levar a família pra aproveitar todo o espaço. Quando não é período de férias, é muito mais corrido”, explicou a supervisora escolar Ivana Ornelas Galvão Tavares.

A ampliação da FLIT é muito bem-vinda! São só vantagens para os leitores. Nós, eu e minha família, vamos todos os anos e esse ano queremos participar mais ainda”, afirmou o funcionário público William Silva Luz.

Brasil Clássicos Caipiras
Outros tocantinenses também foram destaque na festa de lançamento da FLIT. Genésio Tocantins subiu ao palco ao lado das Irmãs Galvão, Dércio Marques e Pereira da Viola. A atração da noite, o musical "Brasil Clássico Caipira" trouxe um espetáculo que misturava nas vozes e nos instrumentos a música clássica e a caipira brasileira.

O espetáculo já circulou por todas as regiões do Brasil. Uma proposta inusitada, que garantiu o sucesso do espetáculo que foi montado há dois anos para comemorar os 80 anos do lançamento do primeiro disco de música caipira no Brasil.

Com direção musical de Rildo Hora, arranjos e orquestração do maestro Joaquim França, o musical estrutura-se em uma orquestra de câmara de violinos, contra-baixo, violoncelo, piano, violão e percussão. Os textos que entremeiam o musical e contam a história da música caipira são interpretados pelo ator Antônio Grassi.

Clássicos como “Cabecinha no Ombro”, “Beijinho Doce”, “Chalana” e “Disco Voador” animaram toda a população, que compareceu e se emocionou a cada canção. A festa foi encerrada com a apresentação do músico Everton dos Andes. (Da Secom)