Promotor classifica como negligente autorização concedida à UJESA pela Seduc
2 JUN 2011 • POR • 08h44
Dágila Sabóia
Da Redação
O Promotor Público, Moacir Camargo de Oliveira, da 7º Promotoria do Ministério Público Estadual (MPE), em entrevista ao Portal O Norte nessa quarta-feira, 01, classificou como negligente as autorizações concedidas pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) bem como da Diretoria Regional de Ensino (DRE) de Araguaína ao presidente da União da Juventude Estudantil Secundarista de Araguaína (UJESA), Fabrício Soares Goulart.
Em Ofício de nº 002/2011, Fabrício Goulart, solicitou aos órgãos competentes a autorização de acesso aos estudantes das Unidades de Ensino da Rede Pública Estadual, para oferecer a confecção de carteirinhas estudantis aos mesmos.
Através da circular nº062/2011 a Diretora Regional de Ensino de Araguaína, Sebastiana Dias autorizou o acesso da UJESA a todas as unidades estaduais de ensino da Regional no dia 1º de março de 2011.
Já o gestor da Sesau, Danilo de Melo, efetuou sua autorização no dia 29 de abril de 2011. O promotor destaca que a liberação do secretário se deu após o início do processo contra a entidade que começou em 7 de abril de 2011: “Ou seja, nenhuma análise profunda, acredito eu, foi realizada, já que eles certamente não tiveram conhecimento da antecedência criminal de Fabrício bem como das devidas irregularidades já citadas como o fato de se ter na diretoria, menores de 18 anos”.
O promotor ainda destaca que “Isso mostra o grau de influência do presidente da UJESA e a facilidade no acesso aos estudantes, o que não deveria acontecer, já que seria simples a fiscalização tendo em vista que a entidade é a única que tem funcionado de fato na cidade”.
Moacir Oliveira informou também à nossa reportagem que Goulart apresentou cerca de mil inscritos que obtiveram a carteirinha da UJESA, mas acredita que muito mais carteirinhas possam ter sido confeccionadas: “Falta apurar o número aproximado real de estudantes que emitiram a carterinha, se Fabrício foi capaz de falsificar as Notas Fiscais porque não seria de omitir o número real de estudantes beneficiados com a carterinha?”.