Religião e sexualidade em pauta
28 JUL 2011 • POR • 16h32
Entre um café e outro, servido na hora aos presentes, mais obras lançadas na tarde desta quarta-feira, 27, no Café Literário, espaço da Flit - Feira Literária Internacional do Tocantins, como o livro Mestre da fotopintura, de Julio Santos. O cearense de 67 anos, desde os 12 trabalhando com fotopintura, mostra que a evolução digital não decretou o fim deste serviço, mas, sim, seu aprimoramento. “É o mesmo processo do cavalete, as mesmas tintas e técnicas, mas hoje tudo feito no computador, exige do profissional a mesma habilidade”, frisou.
Segundo o autor, a fotopintura – fotografia recomposta com pintura - se difere de outros trabalhos porque nesta é criada a parte a ser acrescentada ou melhorada e não feita uma montagem. Julio Santos volta à programação da Flit nesta quinta-feira, 28, para ministrar oficina.
Primando pela diversidade, o Café Literário foi palco também do lançamento da obra "O Ateu e o homossexual. Religião e sexualidade", dois assuntos polêmicos postos lado a lado e, às vezes, tratados num mesmo contexto. A autoria é do antropólogo, sociólogo e escritor Joel de Assis. Conforme o autor, o livro conta a história de Eli, homem ateu, ironicamente, pela graça de Deus. Uma das críticas do personagem é de que Deus não criou o homem, este ser imperfeito, já que o primeiro filho deste homem matou o próprio irmão.
Quanto a homossexualidade, Joel explicou que desde as civilizações antigas, como na Grécia e Roma, era comum homens que gostavam de outros homens, não sendo nenhum demérito, mas com o advento do cristianismo a situação mudou. “Hoje, o homossexual não sabe porque é homossexual, não há nada que prove que vem do genes, acredito que seja comportamental”, defende.
Os lançamentos de obras tiveram continuidade com Habilidades culinárias, da Igreja Assembleia de Deus. Segundo os idealizadores, a obra nasceu da necessidade de ajudar o próximo, e odo valor arrecadado com a venda do livro será revertido para construção de um espaço para tratamento de dependentes químicos. “É um projeto de receitas testadas com amor, objetivando resgatar e prevenir as pessoas da dependência química. É uma obra didática, cultural e espiritual”.
Poesias
Em seguida, foi a vez dos poemas de Janivaldo Dias Porto invadirem o Café Literário. Natural de Colinas, e morando em Palmas desde 1996, o autor buscou inspiração na natureza e na ação do homem, como aquecimento global e desmatamento, e ainda na sua paixão pelo mar para a sua primeira obra: Lindos vales em chamas, mares e oceanos onde o amor acende a chama.
Janivaldo destacou que sua paixão pela literatura nasceu a partir da música, já que antes pensava em ser cantor, e a partir das músicas criadas as transformou em poesias.