Médicos suspenderão atendimentos a planos de saúde em nova paralisação
16 SET 2011 • POR • 16h18Há cinco meses houve uma mobilização nacional dos médicos contra os problemas observados na saúde suplementar. No ato do próximo dia 21, os profissionais irão trabalhar normalmente, suspendendo apenas o atendimento a esses planos por 24 horas, como forma de protesto.
O movimento tem como lema “Cartão vermelho para as operadoras de saúde que não querem negociar” e quer chamar a atenção da sociedade para os excessos praticados pelas empresas que penalizam os profissionais e, sobretudo, os pacientes.
Entre os problemas relacionados pelas entidades médicas estão a negativa em negociar a revisão dos honorários médicos, a oferta de percentuais irrisórios ou a manutenção de medidas que interferem no atendimento dos pacientes.
Os médicos exigem das operadoras a revisão dos valores pagos por consultas e outros serviços, tendo como parâmetro e referência a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Também cobram o fim da interferência antiética das operadoras na autonomia do profissional.
Conforme a presidente do Sindicato dos Médicos no Tocantins (SIMED-TO), Janice Painkow, a entidade expediu notificações extrajudiciais aos planos de saúde com atuação no Tocantins e apenas dois se prontificaram a negociar com a categoria.
Após o movimento marcado para o dia 21 de setembro, haverá uma assembleia geral com os médicos tocantinenses. Segundo a presidente do Simed, nesta assembleia os profissionais irão decidir o que fazer com os planos de saúde que se recusaram a negociar a revisão dos honorários médicos no Tocantins e também com aqueles que apresentaram propostas abaixo do que é pleiteado: consulta a R$ 60 e adoção da CBHPM para os procedimentos médicos. (Assessoria de Imprensa Simed)