Cura da Aids pode estar em uma planta típica da região norte
1 DEZ 2011 • POR • 07h09
Dágila Sabóia
Da Redação
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) ou “Acquired Immuno Deficiency Syndrome” (AIDS) teve seus primeiros casos oficializados na década de 80. Desde então, milhares de pessoas infectadas, milhares de mortes registradas e o número de portadores do vírus cresce assustadoramente a cada ano.
Desde o surgimento da AIDS, a medicina tem buscado tratamentos que possam aumentar a expectativa de vida dos portadores. O mais eficaz até o momento, tem sido o chamado coquetel, constituído de comprimidos que os pacientes precisam tomar diariamente para combater a doença. Para alguns soro-positivos, o tratamento é um martírio, pois sofrem com os efeitos colaterais como náuseas, diarréia, cólicas intestinais e dores de cabeça motivados pelo uso contínuo dos medicamentos.
Sobre o pesquisador
Apesar dos avanços, vários pesquisadores em todo o mundo ainda tentam descobrir a cura para a doença que virou uma epidemia mundial. Mas foi aqui no Tocantins, que encontramos o médico Dr. Paulo Antônio Rodrigues Gouveia que em entrevista exclusiva ao Portal O Norte contou detalhes sobre sua importante pesquisa que estuda a cura de portadores do HIV. Morando há 40 anos em Araguaína, Paulo Gouveia, trabalhou como técnico em laboratório no Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e se formou em medicina há quatro anos no Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC) em Araguaína. Concursado, trabalha na área da Saúde no Estado e Município e com cursos de qualificação e congressos na bagagem, há dez anos realiza a pesquisa que pode mudar os rumos da medicina na busca pela cura da AIDS.
Fundamentação
A fundamentação teórica das pesquisas do Dr. Paulo Gouveia, é baseada no tratamento realizado por seu avô, Francisco Cabral de Melo, estudioso farmacêutico formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que no ano de 1946 em Faina – Goiás juntamente com colaboradores, realizou testes não documentados em vários pacientes com febre amarela, utilizando o tanino (acúmulo de carbono, hidrogênio e oxigênio) da Guazuma ulmifolia, popularmente conhecida como mutamba, uma planta típica da região norte, e com prognóstico favorável teve cura em 100% dos casos, sem demonstrações de toxicidade em nenhum deles.
Resultados
Tendo em vista os resultados, Dr. Gouveia, vem testando moléculas de taninos da mutamba com a intenção de se descobrir uma droga eficiente contra o HIV já que segundo ele, os vírus da febre amarela e HIV são iguais em termos de estrutura. Em entrevista, o médico explica que segmentou o tratamento a duas pessoas portadoras do HIV. Oito meses após a realização do mesmo, exames específicos como o PCR e hemograma que detectam a carga viral, apresentaram resultados negativos no que diz respeito ao diagnóstico da doença. Isso significa que o vírus parou de replicar, ou seja, multiplicar-se no corpo dos pacientes: “Essas pessoas zeraram a carga viral, um deles conseguiu recuperar 15 kg o outro 10 kg de seu peso, a eficácia do tratamento já está praticamente comprovada”, diz o médico explicando que resta ainda a realização dos exames técnicos de Cultura e Biópcia para comprovar a eficácia do medicamento em 100%. Dr. Gouveia esclarece ainda que por se tratar de um remédio natural, não tem nenhuma contra-indicação e nenhum impedimento ético-moral na sua continuidade.
Tratamento
O tratamento para os portadores de HIV dura apenas trinta dias. Como o remédio ainda não é quimicamente manipulado, o médico dá a simples receita de como preparar artesanalmente o medicamento para o consumo: - cinqüenta folhas da copa de árvores adultas - 2 litros de água Modo de preparo: As folhas devem ser misturadas a 200 ml de água e trituradas no liquidificador. Após esse procedimento, acrescentar 1800ml de água e o paciente deve tomar a medida de um copo americano diariamente durante trinta dias. O médico ressalta ainda que a eficácia no tratamento apresentado pode depender da região em que a planta é encontrada. No caso, sua eficiência é comprovada em plantas originadas do clima e altitude dos estados de Goiás e Tocantins. “Pode ser que não sirvam em outras regiões”, alerta.
Pesquisa patenteada
Patenteada em 19 de outubro de 2010, a pesquisa de Dr. Gouveia que de acordo com ele, já está liberada pelo Instituto Nacional de Patentes, tem chamado a atenção de infectologistas de várias partes do Brasil e do mundo, que procuram realizar o tratamento de pacientes soro-positivos. “No início do próximo ano, em parceria com uma infectologista realizaremos o tratamento de cerca de cem pacientes em Araguaína que serão acompanhados passo a passo neste processo”.
Próxima etapa
Ao final da entrevista, Dr. Gouveia informa que enviou solicitação junto ao Centro de Pesquisa do ITPAC, através do coordenador do curso de Medicina, Dr. Elvio Machado, no intuito de que os estudos tenham continuidade no Instituto, “O pedido teve uma boa sinalização por parte do coordenador e semana que vem estaremos nos reunindo para discutir sobre o assunto”, diz entusiasmado o médico que se prepara para uma nova etapa de estudos a partir de janeiro de 2011.