Juiz arquiva inquérito de empresário suspeito de tentar matar PM
25 ABR 2016 • POR • 08h00Da Redação
A Justiça determinou o arquivamento de inquérito em que um empresário de Araguaína foi acusado de tentativa de homicídio contra um Policial Militar. O caso aconteceu em outubro de 2014.
A decisão de Francisco Vieira Filho, Juiz da 1ª Vara Criminal de Araguaína, foi publicada no último dia 19. O magistrado atendeu ao parecer do Ministério Público Estadual (MPE) divulgado um dia antes, onde no entender do promotor Leonardo Gouveia, não houve por parte do denunciado, Johnny da Silva Oliveira Lima, a intenção de matar.
Em entrevista ao Portal O Norte, o empresário comemorou a decisão: “É reconfortante ver a justiça atestando minha inocência” e lembrou do constrangimento que passou na época: “Fui detido injustamente e fiquei uma semana preso até o juiz me conceder liberdade provisória. Não mereci ter passado por isso”, disse Lima que na época era proprietário de uma academia na cidade.
Agora com o arquivamento do processo, Johnny Lima conta que já se prepara para entrar na justiça com processo por danos morais e abuso de autoridade contra o Policial Militar e ainda contra a delegada plantonista na época, Verônica Costa: “A delegada me prendeu sem nenhum tipo de prova e me indiciou por um crime que não cometi”.
Entenda o Caso
A briga de trânsito envolvendo um Policial Militar, aconteceu na noite de 21 de outubro de 2014, próximo à Universidade Federal do Tocantins (UFT), no setor Cimba.
De acordo com a Polícia Militar, durante a discussão, o condutor do carro, identificado como Johnny da Silva Oliveira Lima, de 24 anos, desceu do veículo e armado com uma espingarda de pressão 5.5, ameaçou o motociclista que se identificou como PM. Neste momento, Johnny teria retornado ao veículo, engatado a marcha à ré batendo na moto do policial, que só não sofreu nenhuma escoriação porque pulou do veículo antes de ser atingido.
Ainda segundo a polícia, o carro arrastou a moto por pelo menos 6,5 metros e o militar, Sargento Arceno, efetuou dois disparos na roda dianteira do carro que só parou depois que a moto ficou presa embaixo do veículo.
Ninguém ficou ferido na confusão e o jovem foi detido e juntamente com a espingarda apreendida, foi encaminhado para a Delegacia de Plantão e um inquérito foi aberto para apurar o caso.
Direito de Resposta
Cerca de um mês depois do episódio, Lima procurou nossa reportagem para contar sua versão dos fatos e declarou ser inocente, destacando que em momento algum atentou contra a vida do policial: "Não fiz nenhuma ameaça ao policial, tudo que fiz foi tentar proteger minha esposa e filha que estavam dentro do carro", garantiu.
Ainda em entrevista Johnny Lima disse que teve que fechar seu negócio e ir embora da cidade porque estava sendo ameaçado de morte.