CASO GUSTAVO ARRUDA

Inquérito sobre o assassinato de Gustavo é concluído

1 FEV 2011 • POR • 19h49
Divulgação

A apresentação da conclusão do inquérito policial sobre a morte do estudante Gustavo Arruda Ferreira de 24 anos, realizada na manhã desta terça-feira, em Paraíso, durou pouco mais de 2 horas. Nela, o Delegado Luciano Cruz apresentou à imprensa e à família o relatório sobre o crime ocorrido no dia 21 de janeiro.

O documento será entregue ao Ministério Público, e a denuncia será oferecida pelo Promotor Público, Daniel José de Oliveira, e aponta Thalita e Millena como as principais suspeitas de terem cometido o crime.

Para a polícia, o crime foi cometido por ciúmes e vingança, não descartando a participação de uma terceira pessoa. Elas estão sendo indiciadas por homicídio qualificado: por motivo fútil, meio cruel e sem chances de defesa à vítima; tráfico de droga, ocultação de cadáver, uso de documentos falsos e receptação de carro roubado. As acusadas estão detidas no Presídio Feminino de Taquaralto com base na confissão de Thalita. O delegado responsável pelo caso, Luciano Cruz, foi quem solicitou a prisão preventiva ao Judiciário.

Segundo o Dr. Luciano, com base na cronologia dos fatos relatados nos depoimentos de Thalita e Millena, e através do trabalho de inteligência e de perícia, as jovens premeditaram o crime. Houve tempo para elas prepararem um jantar à vítima, quando na oportunidade o doparam com remédios para, segundo as acusadas, darem susto em Gustavo. Conforme depoimento das indiciadas o estudante estaria assediando Thalita e trazendo problemas para o casal.

Foram ouvidas 17 testemunhas, entre elas, familiares da vítima, amigos das acusadas entre outros. Durante os relatos o delegado foi informado da união estável de Thalita e Millena inclusive sendo constatado que ambas usavam aliança de compromisso e que Millena tem uma tatuagem com o nome da companheira.

As testemunhas relataram ainda que o interesse de Gustavo por Thalita teria sido o real motivo do crime. Thalita, mudando declaração feita anteriormente, contou que Millena ajudou na execução do estudante.

Segundo laudo cadavérico, foram encontradas, 15 lesões no corpo da vítima, sendo 11 na cabeça, 03 no pescoço e 01 na face. A causa da morte, segundo a perícia, foi hemorragia externa, e não foi encontrado nenhum indicio de álcool ou drogas no organismo de Gustavo. Na oportunidade, os peritos responsáveis pelo caso esclareceram que alguns exames foram mandados para Brasília, em razão da complexidade, e que só serão entregues em meados de março.

Na ocasião, o pai de Gustavo, Pedro José Ferreira, agradeceu o trabalho sério e responsável realizado pela Polícia Civil. “Em nenhum momento pensei que o assassinato de meu filho iria ficar impune, pois acredito na nossa polícia, nos nossos profissionais, e sempre acreditei no trabalho do Dr. Luciano”, declarou o pai de Gustavo.

Na oportunidade, Dr.Luciano ressaltou a participação e a parceria com Polícia Militar e Federal, que ajudaram a dar andamento no inquérito, fazendo com que o mesmo fosse entregue dentro do prazo. (Com infomações da Ascom SSP)