JÚRI POPULAR

Começa julgamento de acusado de matar taxista na frente do filho

15 OUT 2019 • POR Com informações do JTo • 11h05
Sete jurados foram impedidos de participarem do julgamento. - Lia Mara/Jto

Começou nesta manhã o julgamento do acusado de matar o taxista Alan Kardec na frente do filho em Palmas. Cléber Venâncio enfrenta o júri popular no Fórum da capital.

O júri foi determinando ainda em 2016 pelo juiz Gil de Araújo Corrêa, da 1ª Vara Criminal de Palmas.

O julgamento estava programado para iniciar às 9 horas mas começou com meia hora de atraso. A justiça já tinha determinado o julgamento para junho do ano passado mas precisou ser marcado depois que a defesa do réu apresentou um atestado pedindo o adiamento.

Os pais e outros familiares da vítima acompanham o julgamento. Altina Luzia de Oliveira, irmã do taxista assassinado diz que a família espera por respostas sobre a motivação do crime, pois afirma que a família se sente vulnerável por não saber o motivo: "O que precisamos é entender o que houve...nada vai mudar...nossa família ficou destruída mas as pessoas precisam ser protegidas e os responsáveis precisam ser responsabilizados".

Altina de Oliveira, irmã do taxista assassinado. (Foto: Lia Mara/JTo)

O caso

Além da Promotoria e Defensoria Pública, estão presentes 23 jurados. Sete jurados foram impedidos por ter proximidade com alguma das partes e sete foram sorteados para participarem do julgamento. 

O crime aconteceu em janeiro de 2015, no centro de Palmas, quando o taxista morreu após levar cinco tiros na frente da própria casa, enquanto trocava um pneu do carro. A suspeita é que o microempresário tenha sido alvo de uma emboscada. Venâncio está preso desde a época do crime na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP).

O filho de Alan Kardec que tinha 8 anos na época, testemunhou o assassinato. Ele era um dos taxistas mais antigos de Palmas e tinha uma frota de carros.

Segundo aponta as investigações, Cléber Venâncio seria um pistoleiro e teria cometido o crime a mando de um terceiro. Ele foi seguido no dia do crime por uma testemunha até a casa onde morava e acabou preso. O julgamento dele já tinha sido adiado à pedido da defesa.

De acordo com os investigadores, os autores do crime provocaram uma emboscada ao empresário, até mesmo murchando o pneu dianteiro de seu veículo para que ele fosse executado enquanto fazia a troca.