Militares do Exército são presos suspeitos de fraudar documentos
27 JAN 2021 • POR Redação • 17h41Militares suspeitos de integrar uma quadrilha foram presos, nesta terça-feira (26), durante operação da Polícia Civil do Distrito Federal e do Exército Brasileiro. As investigações mostraram que as fraudes também ocorriam no Tocantins.
Segundo a informações da polícia, a equipe era formada por pelo menos nove militares da ativa, que foram acusados de fraudar o Certificado de Registro de Arma de Fogo a Caçadores (Cacs), com o objetivo de facilitar o acesso de pessoas que não tinham autorização para ter acesso as armas e munições. O controle e a fiscalização desses produtos são de responsabilidade do Exército.
Ao todo fora cumpridos 26 mandados de busca, apreensão e prisão no Distrito Federal (DF) e Goiás (GO). Na casa dos envolvidos foram encontrados 70 fuzis e pistolas de grosso calibre.
A Polícia Civil e o Exército estiveram em endereços ligados aos integrantes do grupo criminoso, incluindo os militares. As investigações duraram seis meses e foram identificadas, até o momento, 18 integrantes, onde nove já foram presos.
"Eles se utilizavam dessa influência nos servidores da ativa, através de pagamento de vantagens indevidas, para que esses militares conseguissem agilizar e fazer a chamada 'vista grossa' para a ausência dos requisitos legais, com a documentação falsa, laudos psicológicos, falsas habilitações técnicas. Inclusive, a questão dos antecedentes criminais", contou o delegado responsável, André Luís Leite.
Até o momento foram presos três militares da ativa, dois servidores aposentados e quatro civis. A operação foi chamada de Operação Cricket e foi acompanhada pelo Ministério Público Militar (MPM).