Alinhada às discussões nacionais e internacionais sobre a emergência climática do planeta, a Prefeitura de Araguaína realizará a 1ª Conferência Municipal do Meio Ambiente, no dia 12 de dezembro, iniciativa que tem o objetivo de mobilizar todos os entes públicos, privados e cidadãos envolvidos direta ou indiretamente nas atividades que possuem impacto ambiental.
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Com o tema nacional “Emergência Climática e os desafios da Transformação Ecológica”, a conferência municipal tem a missão de eleger delegados e propor projetos, que serão levados à conferência estadual, somando-se às ideias de outras cidades e, por fim, apresentados na 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiental, que será realizada em maio de 2025.
Joaquim Quinta Neto, secretário do Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo de Araguaína, lembra que as ações em nível local já conseguem mudar a realidade dos mais impactados pelas mudanças climáticas e que as boas iniciativas podem atender demandas de outras localidades, por isso precisam ser compartilhadas.
“Estamos no mês de novembro e a nossa temporada de chuvas ainda não começou como estávamos habituados. Isso é um indicativo claro da desregulação do clima. Mas também temos desafios mais próximos de nós que estão sendo resolvidos por meio de diversos projetos de infraestrutura e meio ambiente. Nossa meta agora é ouvir a comunidade, entender melhor as necessidades e propor novas ações”, pontua Joaquim.
Regulamento e inscrições
A conferência municipal será realizada das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas do dia 12 de dezembro, no Centro Universitário UNITPAC. A participação é gratuita, mas com inscrições obrigatórias no link https://forms.gle/EnsVNntA3mCygv3c9.
O regulamento geral do evento está publicado no Diário Oficial do Município nº 3157 de 12 de novembro de 2024. O documento pode ser acessado no link https://diariooficial.araguaina.to.gov.br/diario-oficial/visualizar/3157?tipoEdicao=1.
Eixos de discussão
Todos os debates serão desenvolvidos dentro de cinco pilares temáticos:
1. Mitigação: redução da emissão de gases do efeito estufa
2. Adaptação e preparação para desastres: prevenção de riscos e redução de perdas e danos
3. Justiça Climática: superação das desigualdades
4. Transformação Ecológica: descarbonização da economia com maior inclusão social
5. Governança e Educação Ambiental: participação e controle social
“Precisamos muito que a população participe e não só os representantes de órgãos e entidades. O cidadão está na ponta do processo, ele sofre as consequências do desequilíbrio climático e muitas vezes não tem ferramentas para resolver ou sair daquela situação. Por isso, convidamos a todos para participar das discussões”, enfatiza André Pereira, engenheiro ambiental da prefeitura.
Emergência global
Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, 2023 foi o ano mais quente da história com impactos em todas as regiões do país, gerando ondas de calor, inundações e secas severas.
Ainda segundo o ministério, já existe um consenso entre os cientistas que o aumento constante da temperatura do planeta é uma consequência direta da alta concentração de gás carbônico e outros gases do efeito estufa na atmosfera, resultado da queima de combustíveis fósseis, que responde pela maior parcela da situação.
Um estudo conduzido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) mostrou que, em uma série histórica de 13 anos de coleta de dados climáticos, 1.942 cidades brasileiras estão em situação de risco significativo por causa da frequência dos eventos climáticos extremos.
A COP 30 (Conferência do Clima), que será realizada em 2025, em Belém (PA), terá o objetivo de fortalecer os compromissos globais em relação à emergência climática. A meta é limitar o aquecimento do planeta a, no máximo, 1,5ºC acima dos níveis registrados antes do período industrial.
*Prefeitura de Araguaína