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APÓS REPERCUSSÃO

Hospital Dom Orione se manifesta sobre acusações de negligência e violência obstétrica

28 março 2024 - 12h14Por Da Redação

Após repercussão da reportagem no Portal O Norte que mostrou o caso da grávida de 8 meses que perdeu seu bebê no Hospital e Maternidade Dom Orione em Araguaína e denunciou profissionais por atos de negligência e violência obstétrica, a unidade se manifestou em nota ao site garantindo que vai apurar o caso. [Confira a nota na íntegra no final da matéria]

Na nota encaminhada nessa quinta-feira (28), o Dom Orione lamentou a perda da jovem mãe, afirmou que tem "compromisso inabalável com a qualidade e segurança dos serviços prestados à população" e garantiu que já está "conduzindo uma investigação minuciosa" a fim de analisar cada detalhe do atendimento prestado à Lays Martins de 25 anos. 

Ainda de acordo com a nota, a maternidade afirma que trabalha com rigor os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e classifica como excelente os "cuidados médicos e a segurança dos pacientes" destacando que anualmente o hospital realiza  6.000 partos e presta assistência a mais de 800 bebês na  UTI Neonatal sendo que destes atendimentos 90% são realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Finalizando a nota, o hospital reafirma o "comprometimento em esclarecer este caso de forma transparente e responsável". 

CASOS SEMELHANTES

A repercussão do caso no perfil do Instagram do Portal O Norte não apenas comoveu internautas mas evidenciou que não se trata de um caso isolado na unidade. Nas centenas de comentários feitos na postagem, diversas pessoas se manifestaram afirmando terem passado por situações semelhantes à de Lays Martins, condenando o atendimento de mulheres gestantes e bebês na unidade e cobrando uma ação de apuração por parte de órgãos competentes. 

ENTENDA O CASO 

O Hospital e Maternidade Dom Orione é o centro de uma grave denúncia envolvendo uma paciente com 8 meses de gestação que acabou perdendo seu bebê depois de procurar diversas vezes atendimento na unidade em menos de uma semana.

Lays Martins (25 anos), procurou nossa reportagem para denunciar o caso onde ela acusa médicos de negligência e violência obstétrica. 

A peregrinação da jovem grávida ao hospital começou no último dia (20) e terminou no último dia 25, quando mais uma vez voltou na maternidade após ser liberada por médicos sem fazer nenhum exame complementar e descobriu que sua bebê já estava sem vida no seu ventre.

Ainda depois de saber da morte de seu bebê, a jovem mãe afirma que continuou sofrendo violência obstétrica, teve o pedido de cesária negado por médicos e ficou isolada em um quarto por cerca de duas horas sem qualquer assitência médica sentindo dores até a hora do parto normal do bebê morto. 

"NÃO FIZERAM O QUE TINHA QUE FAZER"

"Foram momentos extremamente dolorosos, nenhuma mulher merece passar pelo que eu passei. Quantos médicos me atenderam nessa semana e não fizeram o que tinha que fazer. Se tivessem feito minha filha estaria viva. A gente vai pra uma maternidade na expectativa de ter um atendimento digno, humano e o que recebe é negligência atrás de negligência, desrespeito e desumanidade. Fico imaginando quantas mulheres não já passaram por isso no Dom Orione mas ficam silenciadas? Por isso não vou me calar por que isso não pode continuar e eu quero justiça", afirmou a mãe destacando que a família já está tomando providências sobre o caso. 

O QUE DIZ O HOSPITAL 

O Hospital Dom Orione reitera seu compromisso inabalável com a qualidade e segurança dos serviços prestados à população, e deseja expressar sua profunda consternação pela perda do bebê da paciente L.P.R.M. Neste momento, estamos conduzindo uma investigação minuciosa em colaboração com nosso corpo clínico, direção e o Núcleo de Segurança do Paciente, a fim de analisar cada detalhe do atendimento prestado.

É importante ressaltar que o Hospital Dom Orione adere rigorosamente aos protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, garantindo assim a excelência dos cuidados médicos e a segurança dos pacientes. Anualmente, realizamos mais de 6.000 partos e prestamos assistência a mais de 800 bebês na UTI Neonatal. Destes, mais de 90% são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), evidenciando o compromisso da instituição com a saúde pública e o bem-estar da comunidade.

Reafirmamos nosso comprometimento em esclarecer este caso de forma transparente e responsável. 

Araguaína, 28 de março de 2024.