No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas (10,2% da população) têm diabetes - Crédito: Pedro AffonsoO Governo Federal anunciou, nesta quarta-feira (2), uma parceria para a produção nacional da insulina glargina, um medicamento de ação prolongada essencial para o tratamento do diabetes tipos 1 e 2. O acordo envolve o Ministério da Saúde, Bio-Manguinhos (Fiocruz), a empresa Biomm e a farmacêutica Gan&Lee. A previsão é que 20 milhões de frascos sejam entregues ainda em 2025 para atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Atualmente, cerca de 20 milhões de brasileiros (10,2% da população) convivem com diabetes, tornando essencial a ampliação da oferta de insulina.
PRODUÇÃO NACIONAL
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o objetivo do acordo é reduzir a dependência externa e fortalecer a indústria farmacêutica brasileira.
FASE INICIAL: O produto será embalado na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG).
FASE FINAL: A tecnologia da farmacêutica Gan&Lee será transferida para Bio-Manguinhos (Fiocruz), garantindo que a insulina seja 100% nacional.
A iniciativa faz parte da retomada da produção nacional de insulina, que esteve interrompida por mais de 20 anos até a inauguração da fábrica da Biomm em 2024, em cerimônia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
FÁBRICA NO CEARÁ
O Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da insulina será produzido na Fiocruz Eusébio (CE), tornando-se a primeira fábrica de insulina da América Latina.
INVESTIMENTO: R$ 930 milhões do Governo Federal, via Novo PAC
CAPACIDADE TOTAL: Até 70 milhões de unidades anuais em 10 anos
DISTRIBUIÇÃO E AMPLIAÇÃO DO ACESSO
DISTRIBUIÇÃO EM 2024:
59 milhões de unidades de insulina humana NPH
12 milhões de unidades de insulina humana regular
Em novembro de 2024, o SUS ampliou a oferta de insulinas análogas de ação rápida e prolongada também para pacientes com diabetes tipo 2.
Atualmente, o SUS oferece gratuitamente:
Insulinas humanas NPH e regular
Insulinas análogas de ação rápida e prolongada
Medicamentos orais e injetáveis para diabetes mellitus
Com a nova produção nacional, o Brasil reduz sua dependência de importação, fortalece o abastecimento do SUS e melhora o acesso dos pacientes ao tratamento de diabetes.
