Débora Rodrigues dos Santos, presa durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, afirmou em interrogatório que não tinha noção do valor do monumento que pichou em frente ao STF. A cabeleireira reconheceu que seu ato foi "ilegal" e pediu perdão ao Estado Democrático de Direito.
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"NÃO SABIA O VALOR DA ESTÁTUA", DIZ ACUSADA
Em depoimento, Débora admitiu ter pichado a frase "perdeu, mané" na estátua "A Justiça", mas alegou que foi induzida por um desconhecido. "Ele disse que tinha letra feia e me pediu para ajudar. Faltou malícia da minha parte", justificou. A cabeleireira afirmou que não participou da depredação dos prédios públicos, limitando-se a tirar fotos na praça.
APAGOU MENSAGENS DO CELULAR
A PGR aponta que Débora:
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Participou do acampamento golpista em frente ao QG do Exército
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Apagou mensagens do celular entre dezembro/2022 e fevereiro/2023
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Integrou a multidão que invadiu os Três Poderes
Investigadores consideram o apagamento de mensagens como tentativa de destruir provas.
"O CALOR DO MOMENTO ME FEZ AGIR"
A acusada afirmou que o ambiente do protesto "alterou sua faculdade mental" e prometeu não repetir o ato. "O país depende de hierarquias que precisam ser respeitadas. O Estado foi ferido com meu ato", declarou, pedindo perdão.
JULGAMENTO NO STF
O caso está sendo julgado pela Primeira Turma do STF:
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Relator Alexandre de Moraes votou por 14 anos de prisão
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Flávio Dino acompanhou o voto
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Luiz Fux pediu vista para revisar a dosimetria da pena
Débora responde por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe e dano ao patrimônio público. O julgamento está suspenso para análise de Fux.