O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou nesta quarta-feira (9) a chamada “Lista Suja”, que reúne empregadores flagrados explorando trabalhadores em condições análogas à escravidão.
Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.
Ao todo, foram 155 novos nomes incluídos. Entre eles, cinco registros estão ligados ao estado do Tocantins.
O QUE É A "LISTA SUJA"
A lista é uma ferramenta oficial e pública que exibe empresas e pessoas físicas autuadas por manterem empregados em condições degradantes, como:
-
Jornada exaustiva
-
Alojamentos insalubres
-
Falta de segurança
-
Retenção de documentos ou liberdade
A medida busca coibir a prática, punir os responsáveis e dar transparência à sociedade.
EMPRESAS DO TOCANTINS INCLUÍDAS NA LISTA
As inclusões mais recentes envolvem as seguintes empresas e propriedades rurais no Tocantins:
-
RC Distribuidora Ltda – Centenário/TO | 7 trabalhadores | Vigência até 07/10/2024
-
Pacheco Engenharia e Construções Ltda – Araguaçu/TO | 23 trabalhadores | Até 07/10/2024
-
Império Verde Indústria e Empreendimentos Ltda – Darcinópolis/TO | 1 trabalhador | Até 05/04/2024
-
Eduardo Lopes Pereira (CPF) – Rio Sono/TO | 7 trabalhadores | Até 09/04/2025
-
Alysson Fiuza Alves (CPF) – Paraíso/TO | 2 trabalhadores | Registro encerrado em 05/10/2023
As fiscalizações comprovaram exploração direta, com trabalhadores submetidos a situações que violam os direitos básicos.
COMO DENUNCIAR
Denúncias podem ser feitas de forma anônima e segura pelos canais oficiais:
-
Sistema Ipê: plataforma do MTE em parceria com a OIT
-
Disque 100: atendimento gratuito e sigiloso
-
Ministério Público do Trabalho: também recebe denúncias online
LÍDERES EM CASOS DE ESCRAVIDÃO MODERNA
Segundo o Global Slavery Index 2023, cerca de 49,6 milhões de pessoas vivem em situação de escravidão moderna no mundo.
O Brasil ocupa o 11º lugar no ranking mundial em números absolutos, com cerca de 1,05 milhão de vítimas estimadas.
Entre os países de língua portuguesa, o Brasil é o terceiro com maior incidência proporcional.


Condições desumanas, como jornadas excessivas, alojamentos inadequados e outras formas de exploração - Crédito: Divulgação/Sistema Ipê


