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ROTA DA ESCRAVIDÃO

Empresas e fazendeiros do TO aparecem em nova "lista suja" do trabalho escravo

10 abril 2025 - 08h57Por Da Redação

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou nesta quarta-feira (9) a chamada “Lista Suja”, que reúne empregadores flagrados explorando trabalhadores em condições análogas à escravidão.

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Ao todo, foram 155 novos nomes incluídos. Entre eles, cinco registros estão ligados ao estado do Tocantins.

O QUE É A "LISTA SUJA"

A lista é uma ferramenta oficial e pública que exibe empresas e pessoas físicas autuadas por manterem empregados em condições degradantes, como:

  • Jornada exaustiva

  • Alojamentos insalubres

  • Falta de segurança

  • Retenção de documentos ou liberdade

A medida busca coibir a prática, punir os responsáveis e dar transparência à sociedade.

EMPRESAS DO TOCANTINS INCLUÍDAS NA LISTA

As inclusões mais recentes envolvem as seguintes empresas e propriedades rurais no Tocantins:

  • RC Distribuidora Ltda – Centenário/TO | 7 trabalhadores | Vigência até 07/10/2024

  • Pacheco Engenharia e Construções Ltda – Araguaçu/TO | 23 trabalhadores | Até 07/10/2024

  • Império Verde Indústria e Empreendimentos Ltda – Darcinópolis/TO | 1 trabalhador | Até 05/04/2024

  • Eduardo Lopes Pereira (CPF) – Rio Sono/TO | 7 trabalhadores | Até 09/04/2025

  • Alysson Fiuza Alves (CPF) – Paraíso/TO | 2 trabalhadores | Registro encerrado em 05/10/2023

As fiscalizações comprovaram exploração direta, com trabalhadores submetidos a situações que violam os direitos básicos.

COMO DENUNCIAR 

Denúncias podem ser feitas de forma anônima e segura pelos canais oficiais:

  • Sistema Ipê: plataforma do MTE em parceria com a OIT

  • Disque 100: atendimento gratuito e sigiloso

  • Ministério Público do Trabalho: também recebe denúncias online

LÍDERES EM CASOS DE ESCRAVIDÃO MODERNA

Segundo o Global Slavery Index 2023, cerca de 49,6 milhões de pessoas vivem em situação de escravidão moderna no mundo.

O Brasil ocupa o 11º lugar no ranking mundial em números absolutos, com cerca de 1,05 milhão de vítimas estimadas.

Entre os países de língua portuguesa, o Brasil é o terceiro com maior incidência proporcional.