O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, destacou em entrevista à CNN Brasil os resultados esperados com a venda de créditos de carbono gerados entre 2020 e 2030. Durante a COP 29, no Azerbaijão, o estado submeteu o Programa Jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) ao padrão ART TREES, projetando arrecadar mais de R$ 2,5 bilhões caso consiga reduzir desmatamento e degradação ambiental.
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PARCERIAS E PROJETOS VIGENTES
O Tocantins assinou o primeiro contrato do Brasil para transações de créditos de carbono com a multinacional suíça Mercuria Energy Trading. Segundo o governador, o acordo combina preservação ambiental com desenvolvimento econômico. O programa inclui projetos direcionados às comunidades tradicionais, ribeirinhas e ao combate a incêndios florestais.
PROJEÇÃO DE R$ 1 BILHÃO EM 2025
Em 2025, o Tocantins espera receber R$ 1 bilhão com a venda de 20 milhões de toneladas de créditos de carbono. Os recursos serão distribuídos de forma percentual: 25% para comunidades tradicionais e ribeirinhas, 25% para o agronegócio, incentivando práticas sustentáveis, e 50% para infraestrutura, educação, saúde e rodovias.
FOCO EM CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL
A proposta reforça o compromisso com um crescimento econômico sustentável. O governador destacou que o estado alia crescimento econômico à preservação ambiental, incentivando empresários a migrarem da pecuária para a produção de grãos, setor no qual o Tocantins lidera no Norte do país. Ele reforçou que o estado prioriza segurança jurídica para investidores e combate rigorosamente crimes ambientais.
PARTICIPAÇÃO NA COP 29
Durante a COP 29, realizada entre 11 e 21 de novembro, o Tocantins foi apresentado como referência em segurança ambiental e um território confiável para o mercado de carbono. O estado oficializou a submissão do Programa Jurisdicional REDD+, em parceria com a Mercuria Energy Group, prevendo geração de mais de 50 milhões de créditos de carbono até 2030.
Os recursos provenientes serão aplicados no fortalecimento de políticas ambientais, combate ao desmatamento e ações para beneficiar a população local. O projeto é um marco no mercado de carbono brasileiro, posicionando o Tocantins como um modelo de equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.