O desmatamento em todo o território do Tocantins, considerando os biomas Amazônia e Cerrado, apresentou uma redução de 18,29% em julho e 15,22% no último quadrimestre, em comparação com os mesmos períodos do ano anterior. A área desmatada caiu de 135,59 km² para 110,79 km² na comparação entre julho de 2024 e o mesmo mês de 2023 e de 761,4 km² em 2023 para 645,54 km² nos últimos quatro meses de 2024. A supressão da cobertura vegetal no território tocantinense atingiu, em julho, a menor área registrada em um único mês em 2024, totalizando 110,79 km².
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O desmatamento no bioma Cerrado, que cobre 91% do território tocantinense, registrou uma queda de 15,38% pelo quarto mês consecutivo em comparação com o mesmo período de 2023, reduzindo de 759,21 km² em 2023 para 642,42 km². Em julho deste ano, a queda na derrubada da vegetação nativa do Cerrado foi de 19,07% em relação ao mesmo mês de 2023. Enquanto isso, no bioma Amazônia, que ocupa 9% da área do Tocantins, houve um aumento de 42,47% no desmatamento nos últimos quatro meses, crescendo de 2,19 km² em 2023 para 3,12 km² em 2024.
O levantamento foi realizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), membro do Grupo de Trabalho para Orientações das Ações de Combate ao Desmatamento Ilegal do Tocantins (GT), com base nos registros do sistema de alerta do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Deter/Inpe, que aponta evidências de alteração da cobertura florestal, para dar suporte à fiscalização e ao controle do desmatamento e da degradação florestal.
Segundo o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis, a queda registrada no desmatamento se deve ao esforço conjunto do Governo do Tocantins, que tem atuado em várias frentes. Destaca-se o lançamento da Estratégia de Combate ao Desmatamento Ilegal, realizado em junho, que representa um compromisso robusto e ações definidas para aprimorar o monitoramento e a fiscalização no Estado. "Estamos vivendo um momento único com a união de todos os órgãos trabalhando de maneira integrada, unidos em prol dessa estratégia, que é uma política de Estado”, afirma o secretário.
O secretário completa ainda que a “Estratégia de Combate ao Desmatamento Ilegal é feita em colaboração com o Naturatins [Instituto Natureza do Tocantins] e outros órgãos ambientais, sendo considerada pelo Governo do Tocantins a maior para esta finalidade na região do Matopiba [Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia]”.
Grupo de Trabalho
O Grupo de Trabalho para Orientação das Ações de Combate ao Desmatamento foi implantando com a participação da Semarh, do Naturatins, do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), do Ministério Público Estadual (MPE) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Pacto pelo Desmatamento
Com o objetivo de estabelecer uma aliança entre o Governo do Tocantins e as entidades representativas do setor econômico produtivo foi assinado o Pacto pelo Desmatamento Ilegal Zero no Tocantins em novembro de 2023, contando com a participação de 12 organizações do setor agropecuário.
REDD+ Jurisdicional
A implementação do programa REDD+ Jurisdicional do Tocantins também contribuiu para esses resultados, promovendo a redução progressiva das emissões de gases de efeito estufa provenientes de desmatamento e degradação florestal. O Tocantins foi pioneiro na comercialização de créditos de carbono no mercado voluntário, fruto de acordo técnico e comercial com a empresa suíça Mercuria Energy Trading S/A, cujos primeiros recursos já chegaram ao Estado e estão sendo investidos para reforçar a política ambiental do Tocantins.