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Saúde alerta para prevenções de hepatites virais no Tocantins

01 julho 2024 - 10h16

Consideradas como um grave problema de saúde pública no Brasil, as hepatites virais é uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves, que na maioria das vezes se apresentam de forma silenciosa, entretanto, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

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De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), somente neste ano, 53 pessoas foram acometidas pela doença no Estado do Tocantins, sendo 4 pessoas infectadas pela ign/branco, 4 hepatite A, 23 pela hepatite B e 22 pela hepatite C.

Para o gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis da SES-TO, Francisco Teixeira Neto, “é muito importante falarmos, divulgarmos e informarmos sobre Hepatites Virais por diversos motivos: primeiro porque as Hepatites Virais são prioridades de gestão para o Ministério da Saúde brasileiro, que se comprometeu com a OMS [Organização  Mundial de Saúde] em eliminar a Hepatite C até o ano de 2030; segundo porque as Hepatite Virais representam um dos agravos transmissíveis que compõe o rol de doenças em eliminação no país; terceiro porque são doenças incapacitantes, que reduzem a qualidade de vida das pessoas e podem levar a óbitos precoces”.

Segundo o Ministério da Saúde, as hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.

“Além de tudo isso, é importante informar que as Hepatites Virais são doenças que podem ser prevenidas pelo autocuidado, pelo sexo seguro, pela boa higiene pessoal e alimentar e principalmente, que os tipos A e B são também doenças imunopreveníveis. Estas informações precisam ser disseminadas para a população de forma rotineira e intensa. E por isso, em caso de suspeita, procure a Unidade de Saúde mais próxima para investigação da causa da sintomatologia referida. Daí as condutas sequenciais se darão conforme a situação e os achados diagnósticos”, acrescentou o gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis da SES-TO, Francisco Teixeira Neto.

Trabalho e apoio

A vigilância das Hepatites Virais vem sendo intensificada no estado do Tocantins com a discussão para a elaboração da Linha do Cuidado, integrando todos os pontos da Rede de Atenção à Saúde e possibilitando um acesso mais inclusivo dos usuários aos serviços assistenciais que atendem o portador de Hepatites Virais.

“O trabalho é focado no repasse de informações quanto ao manejo clínico da doença, as formas de diagnóstico e notificação oportuno dos casos. Além disso, destacamos a distribuição de insumos, sejam insumos de prevenção como preservativos, testes rápidos para diagnóstico precoce e oportuno e, principalmente vacinas, que fazem parte do calendário vacinal da criança, do adolescente, do adulto e da terceira idade. Além disso, a SES atua no apoio matricial aos municípios com o propósito de qualificar as informações produzidas, intensificar o diagnóstico e tratamento de pacientes e parceiros”, disse o Gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis da SES-TO, Francisco Teixeira Neto.

Os medicamentos utilizados em caráter regular pelos pacientes também tiveram uma mudança quanto ao fluxo de acesso, atualmente são distribuídos nos Serviços de Atenção Especializados (SAEs), que no Tocantins funcionam em cinco municípios (Palmas, Araguaína, Porto Nacional, Paraíso e Gurupi).

A doença

As hepatites virais são doenças causadas por diferentes tipos de vírus classificados pelas letras A, B, C, D, e E. A hepatite A está relacionada às condições de saneamento básico e higiene. A infecção é leve e existe vacina. A hepatite B é transmitida por contato sexual e sanguíneo, a melhor forma de prevenção é a vacina e o uso de preservativos.

Já a principal forma de transmissão da hepatite C é por contato sanguíneo e não existe ainda vacina para esta doença. A Hepatite D está associada à presença do vírus tipo B, podendo ser concedida imunidade para a hepatite D indiretamente com a vacina contra a hepatite B. A hepatite E tem como principal forma de transmissão a via fecal-oral, a melhor forma de prevenção é a melhoria das condições de saneamento básico e higiene.

Data

Em 28 de julho é comemorado o Dia mundial de luta contra as hepatites virais, data que reforça a importância da prevenção e controle dessa doença que tem aumentando o número de casos em todo o mundo.