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ESTUDO

Ciência descobre como prever eficácia de tratamentos no câncer de mama

13 setembro 2024 - 13h01

O câncer de mama triplo negativo é um dos tipos mais agressivos e desafiadores de tratar. No entanto, um novo estudo pode oferecer esperança para pacientes diagnosticados com essa doença. Pesquisadores descobriram uma maneira de prever se determinados tratamentos, como quimioterapia e imunoterapia, serão eficazes.

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CÉLULAS IMUNOLÓGICAS

A pesquisa, realizada pelo Baylor College of Medicine, identificou que certas alterações nas células do sistema imunológico, especificamente nas células B, podem indicar a resposta do corpo aos tratamentos. Essa descoberta pode permitir que médicos ajam de forma mais rápida e aumentem as chances de sobrevivência dos pacientes.

RESPOSTAS AOS TRATAMENTOS

Os cientistas analisaram amostras de sangue de pacientes com câncer de mama triplo negativo e encontraram três perfis distintos de células B. No primeiro perfil, chamado TiBA-0, não há alterações significativas nas células. No segundo, TiBA-1, há uma redução no número dessas células, enquanto no terceiro, TiBA-2, ocorre um excesso de células B ainda em desenvolvimento.

Essas mudanças afetam diretamente o sistema imunológico dos pacientes. Entre os pacientes classificados como TiBA-0, 78,6% responderam de maneira positiva aos tratamentos. Em contraste, apenas 33,3% dos pacientes nos grupos TiBA-1 e TiBA-2 mostraram uma boa resposta à terapia.

BIOMARCADOR PROMISSOR

Embora o biomarcador ainda esteja sendo estudado, ele se mostra promissor para prever a eficácia dos tratamentos contra o câncer de mama agressivo. O objetivo dos pesquisadores agora é entender melhor essas alterações imunológicas e explorar formas de reverter os danos causados pelos tumores.

Com o avanço da pesquisa, um simples exame de sangue poderá ser suficiente para identificar essas alterações, permitindo um diagnóstico mais rápido e preciso sobre a eficácia das terapias. Além disso, os cientistas estão investigando maneiras de restaurar a produção normal de células imunes, o que poderia aumentar ainda mais as chances de sucesso no tratamento.

Detalhes sobre o estudo foram publicados na Nature Cell Biology.