A venda da concessão de 20 aeroportos operados pela CCR, entre eles o de Palmas (TO), entra em uma nova fase. A partir do final deste mês, empresas e fundos interessados poderão apresentar suas propostas. O negócio é avaliado entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões, segundo fontes do mercado.
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Na fase inicial de avaliação, ao menos 12 operadoras e fundos analisaram os ativos, incluindo gigantes do setor como Fraport, Zurich, Vinci e Aena, além de grupos da América Latina como GAP, Asur, OMA e Corporación América Airports.
POSSÍVEL DESMEMBRAMENTO
Os aeroportos da CCR geram R$ 4,3 bilhões em receita líquida anual e R$ 1,4 bilhão em Ebitda, com mais da metade desse valor vindo de terminais internacionais. Embora a CCR pretenda vender todos os aeroportos em um único pacote, há possibilidade de divisão entre terminais nacionais e internacionais ou mesmo blocos regionais.
O processo de venda está sendo conduzido pelos bancos Lazard e Itaú BBA. As propostas não vinculantes devem ser entregues entre o fim de abril e o início de maio.
AEROPORTO EM CRESCIMENTO
O Aeroporto de Palmas tem se destacado pelo crescimento no fluxo de passageiros. Em 2023, recebeu mais de 700 mil passageiros, um aumento de 14% em relação ao ano anterior, superando os níveis pré-pandemia. Em 2024, a movimentação chegou a 723 mil passageiros, representando um crescimento de 3%.
A CCR investiu R$ 36 milhões na modernização do aeroporto, ampliando sua capacidade e tornando-o mais atraente para novas rotas. A expectativa é que o crescimento continue em 2025, impulsionado pelo diálogo constante com companhias aéreas.
MERCADO AÉREO EM FOCO
Os terminais operados pela CCR movimentam 43 milhões de passageiros por ano. O setor aeroportuário tem desafios, pois a recuperação da demanda ainda apresenta incertezas. No entanto, o interesse de operadoras internacionais pode aquecer o mercado e abrir novas oportunidades.
A CCR já havia sinalizado a intenção de vender ativos aeroportuários e outras participações em mobilidade urbana. O grupo tem entre seus sócios Itaúsa, Votorantim, Mover (ex-Camargo Corrêa) e Soares Penido.
A empresa foi procurada para comentar a venda, mas não se manifestou até o momento.