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ILHA DO BANANAL

Com 360 focos ativos em um dia, queimadas atingiram cerca de 250 mil hectares

11 setembro 2024 - 08h39

Diversos focos de incêndios têm sido identificados e combatidos no Tocantins desde o mês de junho, com o início da estiagem. Uma das regiões que mais sofrem atualmente com as queimadas é a Ilha do Bananal, que já teve cerca de 250 mil hectares afetados em toda extensão.

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As informações são do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de brigadistas indígenas que estão combatendo as queimadas na região. Somente nesta terça-feira (10), houve o registro de pelo menos 360 focos.

A área mais emblemática da Ilha do Bananal e do Parque Estadual do Araguaia é a Mata do Mamão, considerado um santuário ecológico que possui vegetação dos biomas cerrado, pantanal e da amazônico. O fogo atingiu dentro da mata e no entorno.

Conforme supervisores do ICMBio que compõem a força-tarefa que atua na ilha, outros oito mil hectares destruídos nunca tinham sido atingidos pelas chamas anteriormente, ou seja, eram de mata nativa.

Nesta terça-feira, de acordo com imagens feitas pelas equipes, a fumaça e até mesmo as chamas se aproximaram de várias aldeias indígenas em Formoso do Araguaia e de uma estrutura voltada ao turismo internacional de pesca.

Além dos focos causados pelo calor intenso, o ICMBio apura s suspeita de que pelo menos dois focos começaram fora da Mata do Mamão, mas que se espalharam na região.

Medidas estaduais

O Tocantins é um dos estados mais afetados pela seca intensa e incêndios florestais, que aumentaram no mês de agosto. Por isso, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) decretou situação de emergência por 180 dias e anunciou a liberação de R$ 6 milhões para o combate aos incêndios.

Pontos turísticos também na região do Jalapão registraram queimadas. Para conter o avanço da destruição, um processo seletivo simplificado foi aberto pelo governo para contratar brigadistas em caráter emergencial.

Os brigadistas vão atuar de forma voluntária no combate às queimadas, mas receberão indenização de R$ 180 por cada turno de até 12 horas trabalhadas. As contratações serão feitas por meio de chamamento público.

Podem se inscrever brigadistas que possuam certificado do Curso de Formação de Brigadistas Florestais (CFBF) emitido pelo Corpo de Bombeiros do Tocantins nos anos de 2022, 2023 ou 2024. A contratação será por tempo indeterminado, conforme necessidade.

*G1 Tocantins