A empresa de balsas anunciada pelo governo do Tocantins para operar a travessia entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) ainda não apresentou a documentação necessária para funcionar, segundo a Marinha do Brasil. O trecho está interditado desde a queda da ponte na BR-226, que liga os dois Estados. Até o momento, 12 pessoas morreram e cinco seguem desaparecidas.
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ATRASOS NA IMPLANTAÇÃO DAS BALSAS
A ponte JK desabou no dia 22 de dezembro. O governo do Tocantins anunciou duas datas para o início da operação das balsas, mas enfrentou atrasos na construção dos acessos ao rio e na liberação de documentos. A empresa Pipes Navegações também divulgou cronogramas, mas os trabalhos ainda não começaram.
O QUE DIZEM AUTORIDADES E EMPRESA
A Marinha afirmou que prioriza a instalação das balsas, mas ressaltou que normas de segurança não podem ser ignoradas. A Pipes Navegações declarou que as licenças dependem do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e garantiu estar adiantando o processo de montagem das embarcações.
Jpa o Dnit ainda não se manifestou a respeito dessa questão.
IMPACTO ECONÔMICO
Comerciantes e trabalhadores de Aguiarnópolis enfrentam dificuldades econômicas desde o desabamento. A cidade faz parte do corredor rodoviário Belém-Brasília, essencial para o transporte de grãos e gado. Postos de combustíveis, por exemplo, viram as vendas despencarem de 70 mil litros diários para menos de 10 mil, resultando em demissões.
DESAFIOS NAS BUSCAS POR VÍTIMAS
Equipes de busca enfrentam desafios como profundidade do rio e baixa visibilidade. A força-tarefa inclui bombeiros e militares de vários estados, além de drones e robôs. No entanto, os mergulhadores ainda dependem de trabalho manual para localizar corpos.
VÍTIMAS IDENTIFICADAS
Até agora, 12 corpos foram encontrados, incluindo crianças e motoristas de carga. Entre eles, Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos, e Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos. As buscas continuam para localizar os desaparecidos.