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FAMÍLIA DEMITO

Mãe perde guarda de filha para ex denunciado por violência e faz apelo nas redes sociais

20 março 2025 - 16h41Por Da Redação

"Saiu a decisão, vão recolher minha filha sábado!". O choro de angústia e desespero de uma mãe prestes a perder a guarda da filha de apenas 2 anos e 8 meses está ecoando nas redes sociais esta semana. Paula Thereza Portela Gewehr (29 anos) trava uma disputa judicial contra o ex-marido, João Felipe M. Demito, herdeiro de uma das famílias mais ricas e influentes do Tocantins, donos de mineração, filho do ex-prefeito de Balsas (MA) Jonas Demito. O caso virou pauta no blog do jornalista maranhense Joerdson Rodrigues

CONTRA O TEMPO 

Em vídeo nas redes sociais a engenheira eletricista expôs o drama e pede socorro correndo contra o tempo para tentar reverter uma decisão que entrega a guarda unilateral da filha do ex-casal para o genitor que inclusive já foi alvo de processo de violência doméstica contra a mãe da menina que deve ser recolhida no sábado (22) pelo pai. 

João Felipe Demito e Paula Thereza Portela está no centro de uma disputa judicial pela guarda da filha do ex-casal. (Foto: Rede Social)

"Estou emocionalmente exausta", disse chorando Paula Thereza ao explicar que desde o final do ano passado luta na Justiça para manter a guarda da filha. 

POSSÍVEL MOTIVAÇÃO DA DISPUTA

Em dezembro de 2024, um juiz de Balsas, no Maranhão, deu a guarda unilateral ao pai e restringiu o contato de Paula a chamadas telefônicas e visitas presenciais apenas em julho, nas férias escolares.

Paula garante que nunca descumpriu qualquer acordo extrajudicial feito com o ex-marido, que pudesse justificar a decisão e acredita que a motivação seria unicamente como uma forma de João Felipe castigá-la pelo término do relacionamento que segundo ela foi extremamente conturbado e com diversos episódios de violência doméstica. 

DECISÃO DUVIDOSA

Paula ressalta que não foi feito nenhuma análise psicosocial das partes e ocorreu de forma simples e imediata, fato que causa estranheza, já que isso deve ser algo essencial em mudanças de guarda. Segundo Paula, a decisão judicial que concedeu a guarda da filha ao genitor foi tomada única e exclusivamente com base na alegação da defesa dele sobre a mudança de mãe e filha para São Paulo, distantes do genitor que atualmente reside em Balsas (MA). 

Paula trabalha na Eneo Distribuidora desde antes do relacionamento. Ela explica que "na pandemia, em 2021, trabalhava de casa. Em 2022, passei a vir todo mês com Aurora e minha mãe ou a babá, saindo de Balsas, sem aeroporto, pra Imperatriz ou Goiânia. Em 2024, a empresa exigiu três dias presenciais por semana", e por questões de logística e financeira ela optou pela mudança. 

PODER E INFLUÊNCIA 

"Uma das advogadas dele é esposa do presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, Froz Sobrinho. Isso dá um peso enorme pros desembargadores e eu posso perder minha filha pra sempre”, alerta. Exausta, ela desabafa: “É uma luta sem fim. Saí de um relacionamento abusivo, mas ele ainda controla minha vida por decisões judiciais.

RELACIONAMENTO ABUSIVO 

Na série de vídeos que postou nas redes sociais, Paula relatou diversos abusos psicológicos sofridos no período em que esteve casada com João Felipe, que segundo ela a isolou de amigos, da própria família, limitava as roupas que ela podia usar, a pressionava para engravidar e depois disso decidiu por ela o tipo de parto que ela deveria fazer, no caso o normal. 

O relacionamento começou no início da pandemia em 2021 e terminou em 2022 logo depois que sua filha nasceu. "O parto foi nos Estados Unidos, sendo assim minha filha tem dupla nacionalidade, ou seja, ela pode sair a qualquer momento do país sem minha autorização. Esse é um outro medo que tenho", revelou. 

Dois anos após o fim do relacionamento, Paula ainda carrega as marcas do abuso. Ela registrou o caso em Araguaína, Tocantins, amparada pela Lei Maria da Penha, mas uma medida protetiva foi arquivada – segundo ela, por influência de desembargadores em São Luís (MA).  

 O PESADELO CONTINUA

Com apoio jurídico, Paula conseguiu uma liminar em São Luís suspendendo a decisão de Balsas em dezembro, mas o pesadelo está longe de acabar.

Nesta quarta-feira (19), o agravo de Paula foi a julgamento no Tribunal de Justiça do Maranhão e a justiça decidiu manter a guarda unilateral para o genitor, o que provocou medo e desespero na mãe da criança.

Sempre ouvi que ninguém tira um filho de uma mãe que cuida, que cumpre seu papel. Mas, no meu caso, a justiça não é igual pra todo mundo”, lamentou acrescentando: "Eu não consigo imaginar a minha vida longe da minha filha! É um bebê de dois anos e 8 meses...nem sabe falar direitinho..."

PEDIDO DE SOCORRO

Desesperada com a situação, a mãe da criança faz um apelo: "Eu preciso da ajuda de vocês pra mostrar essa injustiça que está acontecendo".

O Portal O Norte tentou contato com o João Felipe Demito, mas até o momento ele não foi localizado para se manifestar sobre o caso. 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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