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Mototaxistas clandestinos reivindicam abertura de novas vagas

16 maio 2011 - 15h56

Dágila Sabóia
Da Redação


Na manhã desta segunda-feira, 16, a sessão da Câmara Municipal foi marcada por dois manifestos de reivindicação provindos de profissionais mototaxistas. De um lado os clandestinos e do outro os que conseguiram passar no processo licitatório na cidade de Araguaína.

Clandestinos
Já no início da sessão, um grupo representando mototaxistas clandestinos chegou à Câmara Municipal solicitando uma oportunidade para usar a tribuna e pedir o apoio do Legislativo para solicitar ao Poder Executivo Municipal que realize a abertura de novas vagas para mototaxistas na cidade.

O presidente da Câmara, Elenil da Penha (PMDB), concedeu a um representante do grupo, João Romero, 44 anos, a oportunidade de falar. A argumentação usada pelo mototaxista é de que os clandestinos também precisam trabalhar: “...eu por exemplo, agora estou desempregado e dependo desse dinheiro do mototáxi para sustentar minha família e essa é a situação de muitos dos nossos companheiros. Precisamos trabalhar também!

Em resposta à reivindicação dos mototaxistas que não passaram ou não participaram do processo de licitação, o presidente da Câmara, em nome dos vereadores presentes em sessão, explicou aos profissionais que nada poderia ser feito já que o processo estava encerrado. Visivelmente inconformados, alguns mototaxistas presentes na Câmara reclamavam do posicionamento dos vereadores e por fim saíram sem ter um retorno positivo de sua situação.

Protesto pela fiscalização de irregularidades
Retomando a sessão, os vereadores tiveram que novamente interrompê-la, tendo em vista que mototaxistas regularizados realizavam um protesto em frente à Câmara com direito a buzinasso e muita gritaria.

Com o documento que autorizava a efetivação de seus trabalhos em punho, alguns mototaxistas proferiam insultos aos vereadores e pisoteavam o documento recebido pela prefeitura, afirmando que o mesmo nada valia e que nenhuma providência estava sendo tomada no sentido de fiscalizar os mototaxistas clandestinos de Araguaína.

Os vereadores desceram e foram de encontro com os mais de cinqüenta profissionais que protestavam, os quais foram convidados a adentrar na Câmara e se pronunciarem a respeito de sua reivindicação.

O presidente da Casa deu a oportunidade de pronunciamento a três representantes da classe, entre eles, Raimundo Borges, que reclamou em nome dos companheiros, da falta de fiscalização por parte do Poder Público: “Estamos sendo chacoteados pelos mototaxistas clandestinos que continuam tomando nossos clientes. Isso é uma humilhação que não deveria acontecer! Tiramos dinheiro da boca dos nossos filhos para cumprir todas as exigências da prefeitura e Ministério Público e o resultado dá nisso? Cadê a fiscalização que já era pra estar atuando desde o dia 13?”, e finalizou suas palavras dizendo: “Nós mototaxistas regularizados, viemos aqui para pedir que vocês nos ajudem nessa luta”, pontua.

Aproveitando a presença na Câmara, o secretário Municipal da Fazenda, Clóvis Júnior, explicou que o certame da licitação já foi cumprido e ainda na última sexta-feira, 13, o 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM) foi oficiado para atuar na fiscalização dos mototaxistas clandestinos.

Na oportunidade o vereador Jorge Frederico (PMDB), usou a palavra para esclarecer que o Legislativo e o Executivo Municipal já haviam realizado a parte que lhes cabiam no processo: “Nós já fizemos o nosso papel, a prefeitura também, cabe agora à Polícia Militar cumprir o papel de fiscal. Se não houver resposta da polícia, encaminha-se a questão ao Ministério Público”, afirma, Jorge Frederico.

Atuação da Polícia Militar
Ainda durante a discussão sobre o assunto, o vereador, Gerônimo Cardoso (PMDB), contatou o Tentente Coronel, luiz Carlos, Comandante do 2º BPM, que informou que a polícia já está fiscalizando os serviços de mototaxistas no município: “Segundo o senhor Comandante, de hoje em diante, o mototaxista clandestino que for pego em flagrante sofrerá as penalidades já previstas em lei, como detenção e apreensão do veículo utilizado para a prática ilegal do serviço”, disse o vereador.


Finalizando assim a discussão sobre o assunto, os mototaxistas retiraram-se da sessão e os vereadores deram continuidade à pauta do dia.