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Saúde alerta sobre risco de doença tropical infecciosa no período de férias

06 julho 2021 - 13h28

A Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus) alerta sobre os cuidados que devem ser tomados para que a população não contraia malária, já que o mês de julho é o mês de maior risco de transmissão da doença. Isso ocorre devido ao início do período de férias, quando a população costuma se deslocar para regiões de praias e matas, habitats do Anopheles, mosquito vetor da doença.

O biólogo Anderson Brito Soares, da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ), explica que a malária é uma doença tropical causada pelo protozoário comum nos lugares de clima quente. “Apesar da Capital ser conhecida por suas altas temperaturas, não há registro de casos contraídos na cidade há mais de dez anos”, afirma.

Os casos notificados na Capital são de outros estados e países. Em 2020, a UVCZ, que realiza pesquisas entomológicas para identificar possíveis locais que o protozoário esteja, registrou oito pessoas contaminadas com a malária, todos importados, ou seja, que contraíram a doença em outros estados ou países. Já neste ano, o setor não contabilizou nenhum caso.

Cuidados

Segundo o biólogo, quem vive em locais propícios deve colocar tela nas janelas e nas portas para evitar a entrada e a proliferação dos mosquitos. “As pessoas devem aderir também ao uso de repelentes, mosquiteiros e evitar sair no final da tarde ou no início da manhã, horário em que há grande circulação de mosquitos. E se tiver que sair, sempre usar calça, camisa de manga longa, de preferência roupas claras”, esclareceu.

Sintomas e tratamento

Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações. Não há vacina para a doença, no entanto, a Rede Municipal da Saúde oferece tratamento rápido e gratuito. “As pessoas com suspeita da malária devem procurar as Unidades de Saúde da Família (USFs) ou as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), para fazer o teste rápido. Caso confirmado, a medicação é oferecida nas UPAs por meio da prescrição médica”, finalizou Soares.

A Semus reforça que as demandas da UPA Norte que não sejam Covid-19 foram encaminhadas para o Centro de Atenção Especializada Francisca Romana Chaves, na 303 Norte, desde o ano passado.