A secretária municipal de Educação de Palmas, Débora Guedes, revelou em redes sociais supostos desvios de recursos e irregularidades na gestão anterior. As acusações incluem contratos ilegais e uso indevido de verbas federais destinadas à construção de CEMEIs. O assunto repercutiu em sessão na Câmara Municipal.
SECRETÁRIA SOB PRESSÃO
Segundo a secretária, a rede municipal de ensino operou em 2024 com carência de mais de 600 profissionais. A situação foi regularizada em 2025, mas as denúncias de má gestão continuam repercutindo.
Em postagem, Débora Guedes detalhou ter sofrido pressões para aceitar contratos irregulares com MEIs nas escolas. Ela afirmou ainda que recursos federais para construção de CEMEIs teriam sido desviados na gestão passada e que um pequeno grupo estaria se mobilizando para paralisar o serviço no município.
“Estou em Brasília garantindo recursos para a construção emergencial do nosso Centro de Educação Inclusiva. Os avanços são gigantescos e logo colheremos os frutos para o Atendimento Educacional Especializado que nossas famílias merecem. Daqui recebo notícias de um pequeno grupo que insiste em tentar paralisar nossa Educação. Tenho me mantido calada, sofrendo inúmeros ataques. Só posso garantir que provas não mentem, recebemos uma gestão com contratos ilegais (MEIs) nas escolas, com utilização de recursos federais destinados à construção de CEMEIs, os quais foram desviados. E pasmem, em 2024 a Educação funcionou até dezembro com uma carência de mais de 600 servidores, número este que não é mais a realidade da SEMED hoje. Diante de tudo isso, nunca houve disposição para qualquer tipo de paralisação. O que será que os cegavam? Somente agora estão vendo as carências? Estamos trabalhando muito para avançar, tenham certeza disso”, escreveu a secretária em eu perfil em uam rede social.
VERADOR COBRA APURAÇÃO E ALERTA PARA AMEAÇAS
O vereador Pastor Manoel Bonfim (Podemos) exigiu investigação rigorosa durante sessão na Câmara. Ele também denunciou ameaças sofridas pela secretária após as revelações. "Não podemos aceitar práticas que prejudiquem a educação", afirmou.
SEM DECLARAÇÕES
Até o momento, a Prefeitura de Palmas, a Secretaria de Educação e o Sintet não se pronunciaram sobre as acusações. O caso continua sob discussão na Câmara de Vereadores.