Dois títulos mundiais com a seleção brasileira, eleito por duas vezes o melhor jogador de futsal do mundo pela Fifa, e agora oito vezes campeão do Grand Prix. As conquistas de Falcão continuam se multiplicando com o passar dos anos, mas o brilho nos olhos do camisa 12 segue o mesmo de um principiante que levantou o seu primeiro troféu. Aos 37 anos, o melhor jogador de futsal de todos os tempos comandou o Brasil em mais uma conquista. Desta vez, ele conduziu o selecionado canarinho ao octacampeonato do Grand Prix em vitória sobre a Colômbia, neste domingo, em São Bernardo do Campo (SP). Feliz com mais um título, ele ressaltou que, enquanto estiver jogando, procurará sempre melhorar as próprias marcas.
- O que fica são os números, os dados, e daqui a 20 anos ninguém vai apagar as nossas conquistas. A minha satisfação e alegria estão renovadas. Nesse tempo que fiquei longe da seleção, fiz um trabalho psicológico por saber que tudo isso está acabando. Cada momento é diferente, é importante, especial. Hoje é um jogo a mais e um a menos ao mesmo tempo - destacou Falcão, que pretende atuar pela seleção até 2016, deixando em aberto a participação no próximo Mundial, naquele mesmo ano, na Colômbia.
Jogador mais experiente do grupo que conquistou o Grand Prix neste domingo, o camisa 12 frisou que uma das suas funções atuais na seleção brasileira é passar experiência para a nova geração de jogadores que está se formando, já que muitos dos atletas que integraram o elenco campeão mundial em 2012 já se aposentaram da seleção, casos do ala Vinicius e do goleiro Franklin.
- Temos um bom grupo, e é bom ver essa geração tendo tranquilidade para jogar e já comemorar títulos. Tivemos o ginásio completamente lotado, com algumas pessoas do lado de fora, e nós jogamos um futsal bonito, alegre e, no segundo tempo, transformamos o resultado pela nossa qualidade. O futsal está evoluindo e é legal ter esses jogos mais acirrados - destacou.
Há dois meses à frente da seleção, o técnico Serginho Schiochet também vibrou muito com o título e explicou a diferença de postura da sua equipe nos dois tempos da final contra a Colômbia.
- Assumi a seleção após essa nova sistemática da Confederação e sabia da minha grande responsabilidade. Para mim esse título é muito importante. Começamos o jogo com um sistema tático que favoreceu a marcação dos nossos adversários. Fizemos uma leitura clara disso e, no intervalo, modificamos o que era necessário e conversamos com a equipe para que eles mudassem a forma de agir - comentou. (Fonte: Globo Esporte)