O julgamento de dois acusados pela morte do advogado Danillo Sandes Pereira, ocorrida em julho de 2017, começou nesta terça-feira (24). No entanto, logo no início, a 1ª Vara Criminal de Araguaína decidiu desmembrar o processo, adiando o julgamento de um dos réus para dezembro.
Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.
QUEM SÃO OS RÉUS
No banco dos réus estão o cabo da Polícia Militar do Pará, João Oliveira Santos Junior, de 42 anos, acusado de ser o executor do crime e o farmacêutico Robson Barbosa da Costa, de 39 anos, apontado como mandante. Até o momento, as defesas dos dois réus não foram localizadas pela reportagem.
MOTIVO DO ADIAMENTO
De acordo com o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), a defesa de João Oliveira solicitou a presença de uma testemunha, um militar do Pará, que está de férias e não pôde comparecer ao julgamento. Diante disso, o juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra optou por desmembrar o processo. O julgamento do policial foi remarcado para o dia 3 de dezembro.
JULGAMENTO DO FARMACÊUTICO
O julgamento de Robson Barbosa prossegue com a oitiva das testemunhas de acusação e defesa. A previsão é que essa fase termine nessa quarta-feira (25), mas o julgamento pode se estender até quinta-feira (26).
RELEMBRE O CRIME
Em novembro de 2017, Robson Barbosa e os militares Wanderson Silva de Souza, Rony Macedo Alves Paiva e João Oliveira Santos Júnior foram indiciados pela morte de Danillo Sandes. O crime teria sido motivado por uma disputa em torno de uma herança de R$ 7 milhões.
Danillo, que era advogado de Robson em um processo de inventário, deixou o caso após suspeitar que os herdeiros queriam sonegar bens. Ele entrou com uma ação judicial contra Robson, conseguindo uma decisão que o obrigou a vender um caminhão para quitar a dívida.
EXECUÇÃO DO CRIME
Segundo as investigações, Robson planejou o assassinato de Danillo, contratando pistoleiros para executar o crime. Rony Macedo teria intermediado o contato, e os policiais João Oliveira e Wanderson Silva foram contratados para matar o advogado em troca de R$ 40 mil.
No dia 25 de julho de 2017, Danillo foi atraído com a falsa proposta de realizar um inventário. Ele se encontrou com os militares, que o levaram em um veículo. Durante o trajeto, o advogado foi morto com dois tiros na nuca e seu corpo foi escondido em um matagal, sendo encontrado dias depois.
Os réus respondem por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa.