O farmacêutico Robson Barbosa da Costa, de 39 anos, foi condenado a 39 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato do advogado Danillo Sandes Pereira, ocorrido em 2017. A sentença foi dada após o júri popular, que terminou na quarta-feira, 25, e a pena deve ser cumprida em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
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CRIME PREMEDITADO
O crime aconteceu em julho de 2017. Robson, que era cliente de Danillo, foi apontado como o mandante do assassinato. O julgamento começou na terça-feira, 24, e inicialmente incluiria outro réu, o policial militar do Pará João Oliveira Santos Júnior, de 42 anos, acusado de ser o executor. No entanto, o julgamento de João foi adiado para dezembro de 2023, após a defesa solicitar o depoimento de uma testemunha.
MOTIVAÇÃO DO CRIME
Robson estava envolvido em um inventário no valor de R$ 7 milhões, no qual Danillo atuava como advogado. A investigação revelou que os herdeiros tentavam sonegar bens, e o advogado entrou com uma ação de cobrança. Após obter decisão favorável, Danillo obrigou Robson a vender um caminhão para quitar a dívida. O advogado acabou deixando o caso, mas foi atraído para uma emboscada e executado com dois tiros, sendo encontrado dias depois em uma área rural de Filadélfia.
CONDENAÇÃO E OUTROS CRIMES
No julgamento, os jurados aceitaram as teses da promotoria de que o homicídio foi qualificado, com características de dissimulação, motivação torpe e premeditação. Robson também foi condenado por associação criminosa, ocultação de cadáver e posse ilegal de armas, já que armas e munições foram encontradas em sua casa durante sua prisão.
A pena total imposta a Robson é de 39 anos e 3 meses de reclusão, além de 1 ano e 3 meses de detenção.
RELEMBRE O CASO
Em novembro de 2017, Robson Barbosa da Costa, Wanderson Silva de Souza, Rony Macedo Alves Paiva e João Oliveira Santos Júnior foram indiciados pela Polícia Civil. O farmacêutico foi apontado como o mandante e os militares como executores do crime.
Wanderson e Rony foram condenados a mais de 25 anos de prisão em 2022, e suas penas foram aumentadas para 32 anos após recurso do Ministério Público em 2023.
O assassinato de Danillo ocorreu em julho de 2017, motivado pela disputa por uma herança milionária. Robson teria contratado os pistoleiros, prometendo pagar R$ 40 mil pela execução. O advogado foi atraído com o pretexto de uma negociação de inventário e executado com dois tiros na nuca durante o trajeto para Filadélfia. O corpo foi encontrado dias depois por um morador da região.
Todos os envolvidos respondem pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa.