Wanderson Pereira de Menezes estava desaparecido desde o dia 12 agosto - Crédito: ReproduçãoOs dois jovens de 14 e 15 anos investigados pela morte do cabeleireiro Wanderson Pereira de Menezes, foram internados em uma unidade do sistema socieducativo. Os adolescentes foram apreendidos após serem vistos com o carro da vítima, por um policial à paisana. O cabeleireiro morreu após ser atraído para um encontro falso.
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Os nomes dos adolescentes não foram divulgados, por serem menores de idade. O g1 entrou em contato com a Defensoria Pública, que faz a defesa deles, e aguarda um posicionamento.
A decisão de internação provisória foi assinada pela juíza de direito Adalgiza Viana de Santana nesta quinta-feira (15).
Segundo o MP, o promotor justificou a morte da vítima foi premeditada e que a internação é necessária para "evitar a destruição de provas e a coação de testemunhas, pois o caso ainda se encontra em apuração".
A representação contra adolescentes possui tramitação prioritária, conforme o Ministério Público. O processo deve ser concluído em até 45 dias, incluindo as fases de audiência de instrução e julgamento.
O crime
O irmão contou que Wanderson saiu de casa por volta das 8h de segunda-feira (12) e não foi mais visto. Logo a família registrou boletim de ocorrência e a investigação começou.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a vítima foi atraída para um falso encontro. A intenção, conforme a investigação, era roubar bens do cabeleireiro, mas os envolvidos o mataram com golpes de faca e um tiro na cabeça.
Antes de ser morto, Wanderson teve o corpo amarrado e jogado dentro do porta-malas do próprio carro, segundo a Polícia Civil. O celular dele foi descartado em uma região de mata e os suspeitos chegaram a fazer compras com o cartão de crédito do cabeleireiro.
O carro só foi encontrado, conforme a Polícia Militar (PM), quando um policial à paisana viu um carro com características semelhantes ao de Wanderson entrando em um loteamento deserto, próximo a um frigorífico, e sendo seguido por uma motocicleta, em Paraíso do Tocantins.
Dentro havia um galão de cinco litros de gasolina. Segundo a polícia, os suspeitos tinham interesse em vender o carro, mas como o caso tomou repercussão, resolveram incendiá-lo.
A Força Tática e a Polícia Rodoviária Federal conseguiram localizar os dois adolescentes na TO-255. Eles confirmaram às equipes a participação na morte e ocultação do corpo de Wanderson e o que pretendiam fazer com o veículo da vítima.
Um jovem de 18 anos também foi preso suspeito de envolvimento no latrocínio. Já um quarto suspeito, que foi identificado, ainda não foi preso.
O caso segue sendo investigado pela 7ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Porto Nacional).
*G1 Tocantins
