Após receber alta do hospital onde estava internado, o médico Álvaro Ferreira da Silva foi levado para um presídio de Palmas para começar a cumprir pena de 21 anos de prisão pelo assassinato da professora Danielle Lustosa, com quem era casado. Ela foi estrangulada em 2017.
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O julgamento do médico aconteceu em 2022, mas um mês após a sentença ele conseguiu o direito de ficar solto enquanto a defesa recorria da condenação.
Há mais de dois anos ele estava atendendo em hospitais de Palmas e usando tornozeleira eletrônica. No dia 19 de julho, a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão expedido pela Justiça, após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar último recurso apresentado pela defesa.
Álvaro Ferreira estava internado em um hospital de Palmas e por isso ficou sob escolta da Polícia Penal. Depois da alta médica, ele foi levado para a Unidade Penal de Palmas na terça-feira (23).
Quando o mandado foi cumprido, a defesa de Álvaro informou que entrou com pedido para manutenção de prisão domiciliar humanitária, já que o Álvaro esteve internado várias vezes no ano de 2023. O g1 pediu novo posicionamento à defesa do caso e aguarda resposta.
Relembre o crime
O médico ficou um mês foragido e só foi preso após a polícia rastrear uma selfie que ele postou nas redes social. Durante o julgamento, que ocorreu em abril e 2022, os jurados entenderam que o crime teve quatro qualificadoras, incluindo feminicídio.
O assassinato teria acontecido por vingança pelo fato de Danielle ter denunciado a violação de uma medida protetiva na data anterior ao assassinato, quando Álvaro lhe agrediu e tentou esganá-la.
Ele ficou preso um mês até conseguir uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para recorrer fora da prisão, nos últimos dois anos.
Os advogados apresentaram recursos contra a sentença no Tribunal de Justiça, Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF), todos negados.
O processo já transita em julgado, quando não há mais possibilidade de recurso, e teve baixa definitiva no STF. Depois foi enviado de volta ao Tribunal de Justiça do Tocantins, onde o processo também foi encerrado e baixado.
O mandado de prisão para cumprimento definitivo da pena foi expedido na terça-feira, 16 de julho, pela 1ª Vara Criminal de Palmas para que qualquer oficial de justiça ou autoridade policial competente "prenda e recolha a qualquer unidade prisional" o médico Álvaro Ferreira.
Em entrevista ao g1, a família de Danielle manifestou 'alívio' com a notícia da prisão. "Ele cometeu um crime bárbaro e precisa pagar preso na justiça dos homens", disse Simara Lustosa, mãe da vítima.
*G1 Tocantins