Na manhã desta sexta-feira (03), uma operação de grande porte foi deflagrada no Estado do Tocantins para desarticular uma organização criminosa que planejava ataques contra o patrimônio público e autoridades do Estado, incluindo juízes, promotores, delegados e policiais penais.
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A ação foi conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Tocantins (FICCO/TO) e resultou no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão em diferentes unidades prisionais.
LÍDERES EM PRESÍDIOS
As investigações revelaram que os líderes da facção criminosa ordenavam atentados contra agentes do Estado, inclusive contra autoridades do Judiciário e das forças de segurança pública.
Além disso, a organização também planejava uma fuga em massa, que seria executada por meio de uma rebelião com reféns dentro dos presídios. O plano visava desestabilizar o sistema penitenciário e causar terror no Estado.
OPERAÇÃO CONJUNTA
A operação foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Tocantins (FICCO/TO), que é composta por:
Polícia Federal
Polícia Civil do Tocantins
Polícia Militar do Tocantins
Polícia Penal do Tocantins
As equipes atuaram simultaneamente para cumprir sete mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Estadual, em presídios localizados nas cidades de Palmas, Araguaína e Cariri.
A ação reforça a cooperação entre os órgãos policiais das esferas federal e estadual, com o objetivo de investigar, prevenir e reprimir o crime organizado, garantindo mais segurança para a sociedade.
CRIMES INVESTIGADOS
Os crimes apurados no curso das investigações configuram graves infrações penais, cujas penas máximas somadas podem ultrapassar 16 anos de reclusão. Confira os principais delitos envolvidos:
Integrar organização criminosa (Art. 2º da Lei 12.850/13)
Ameaça (Art. 147 do Código Penal Brasileiro)
Falso alarme (Art. 41 do Decreto-Lei 3.688/1941 LCP)
Apologia ao crime ou criminoso (Art. 287 do Código Penal)
Tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito com emprego de violência ou grave ameaça (Art. 359-L do Código Penal)
Além dessas infrações, os criminosos poderão responder por outros crimes relacionados à segurança pública e à ordem social.
ORIGEM DO NOME
A operação foi batizada de "Criminalis Littera", termo em latim que significa "carta criminal". O nome faz referência à extensa ficha criminal dos investigados, que já acumulam uma longa trajetória dentro do crime organizado.
O histórico de crimes e as constantes ações orquestradas de dentro das penitenciárias demonstram a necessidade de um combate rigoroso ao poder das facções criminosas no sistema prisional.
COMBATE AO CRIME ORGANIZADO
A operação reforça o empenho das forças de segurança no enfrentamento das organizações criminosas e na garantia da ordem e da segurança pública.
O governo do Tocantins, em parceria com as forças federais, promete intensificar ações de repressão contra o crime organizado, especialmente contra facções que atuam de dentro dos presídios, impedindo que esses grupos continuem operando e representando ameaça à sociedade.