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SUL DO ESTADO

Paciente diagnosticado com raiva humana morre após 20 dias internado

11 novembro 2024 - 08h48

O paciente diagnosticado com raiva humana, que estava sendo tratato no Hospital Regional de Gurupi (HRG), morreu após passar 20 dias internado. O homem de 50 anos era morador da zona rural de Alvorada, no sul do Tocantins.

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A morte aconteceu na noite de domingo (10) e foi confirmada pela x. O paciente estava sob suspeita da doença desde o dia 22 de outubro. A confirmação se deu no dia 30, após o Instituto Pasteur, localizado em São Paulo, confirmar a infecção do paciente pela variante AgV 3, transmitida por morcegos.

Conforme a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES), o tratamento do paciente seguiu todos protocolos pré-estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que enviou medicação especial para o HRG.

A equipe médica do hospital estava sendo assessorada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention – CDC), em Atlanta, na Geórgia (EUA).

A SES informou que as investigações do caso seguiram as vertentes humana e animal desde o dia 23 de outubro, quando foi notificada da suspeita do caso. O trabalho foi feito em parceria com a Adapec, órgão responsável por investigar os reservatórios da doença. Além disso, o governo estadual reforçou a imunização do município após a descoberta do caso.

Transmissão, sintomas e riscos

De acordo com o Ministério da Saúde, a raiva é uma infecção causada por um vírus e transmitida a partir da saliva de animais infectados. Geralmente, ocorre após a mordedura de morcegos – como foi o caso do paciente de Alvorada – e de cães e gatos.

Prevenção

Para evitar a contaminação, é preciso receber a vacina contra a raiva. O imunizante é aplicado em humanos e, também, nos animais domésticos.

Anualmente, o governo faz campanha de vacinação antirrábica. A aplicação das doses em cães e gatos evitam a infecção de animais domésticos e prováveis transmissões para humanos.

Sintomas

A doença pode não apresentar sintomas durante um intervalo de tempo. Segundo o Ministério da Saúde, é comum que o período de incubação em humanos alcance 45 dias. Mas o tempo pode mudar de acordo com diferentes fatores. Entre eles, a parte do corpo e a profundidade da mordida; e se a vítima for criança – quando a doença se desenvolve mais rapidamente.

O vírus provoca:

  • mal-estar geral;
  • pequeno aumento de temperatura;
  • perda de apetite;
  • dor de cabeça;
  • náuseas;
  • dor de garganta;
  • fraqueza;
  • irritabilidade;
  • inquietude;
  • sensação de angústia.

Os sinais podem permanecer de 2 a 10 dias após o período de incubação.

Em quadros mais graves, a pessoa pode desenvolver ansiedade, hiperexcitabilidade, febre, delírios, espasmos musculares involuntários e generalizados, além de convulsões. Nesses casos, a doença pode levar à morte em até uma semana. A doença é quase sempre fatal.

*G1 Tocantins