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NA MIRA DA PF

Sobrinho do governador é preso em operação contra vazamentos de decisões judiciais

18 março 2025 - 10h40Por Da Redação

O advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, assessor jurídico do Ministério Público do Tocantins (MPTO), foi preso nesta terça-feira (18) durante uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga o vazamento de decisões judiciais do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O procurador de Justiça Ricardo Vicente da Silva, que supervisiona o gabinete onde Thiago Marcos trabalha, também foi alvo de buscas. Os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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ESQUEMA CLANDESTINO DE VAZAMENTOS

A operação é um desdobramento da Operação Sisamnes, que apura crimes como obstrução de justiçaviolação de sigilo funcionalcorrupção ativa e passiva. Segundo a PF, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre investigações sensíveis, o que prejudicava o andamento de operações policiais.

SOBRINHO DO GOVERNADOR

Thiago Marcos é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que não é investigado na operação. A defesa dos investigados ainda não se manifestou à imprensa.

MEDIDAS CAUTELARES E INVESTIGAÇÃO

Além das prisões e buscas, o ministro Cristiano Zanin, do STF, determinou medidas como afastamento das funções públicasproibição de contato com investigadosrecolhimento de passaportes e impedimento de saída do país.

A investigação começou em 2023, após a PF analisar mensagens no celular de um advogado assassinado em Mato Grosso, que indicavam uma suposta compra de sentenças. O caso foi encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que acionou a PF.

MPTO NÃO SE MANIFESTA SOBRE O CASO

Em nota, o Ministério Público do Tocantins informou que não teve acesso à decisão do STF e, por isso, não irá se manifestar sobre o caso no momento.

O Portal O Norte solicitou posicionamento do governador Wanderlei Barbosa. Confira abaixo a nota: 

Nota à imprensa

A defesa do Governador Wanderlei Barbosa esclarece que desde o dia 15 de abril de 2024 ele foi formalmente habilitado no inquérito da FAMES-19 junto com seus advogados, tendo, desde então, acesso regular ao processo por meio dos trâmites legais.

Dessa forma, não houve qualquer recebimento de informação privilegiada um vez que a conversa mencionada na investigação da Operação Sisamnes, encontrada no WhatsApp dos suspeitos, data de 28 de junho de 2024, quase três meses desde que a defesa do governador já possuía acesso integral ao processo. 

Reforçamos que o Governador Wanderlei Barbosa não é alvo da investigação e nem foi citado no processo. Eventuais desdobramentos são de exclusiva responsabilidade dos investigados, não cabendo qualquer tentativa de vinculação ao governador por atos individuais de terceiros.

Destacamos ainda que Thiago Barbosa e Goianyr Barbosa, citados na investigação, não possuem qualquer vínculo com o Governo do Tocantins. Thiago era assessor do Ministério Público Estadual (MPE), e seu pai, Goianyr Barbosa, não ocupa cargo na administração estadual.

A defesa reitera sua confiança nas instituições e no devido processo legal, assegurando o direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa.

Palmas, 18 de março de 2025.

Equipe Técnica de Defesa do Governador Wanderlei Barbosa