O vice-presidente Geraldo Alckmin sugeriu que os preços de alimentos e energia sejam retirados do cálculo da inflação, argumentando que juros altos não influenciam fatores como clima ou preço internacional do petróleo.
“Não adianta eu aumentar os juros, porque não vai fazer chover, só vou prejudicar a economia”, afirmou.
EXEMPLO AMERICANO
Alckmin citou o Federal Reserve (Fed), que mede a inflação com o índice PCE, excluindo itens voláteis. No entanto, o Banco Central dos EUA ainda usa a inflação completa como parâmetro final.
“O exemplo americano tira alimento do cálculo, porque alimento é muito clima”, explicou.
JUROS E ECONOMIA
Com a Selic em 14,25%, Alckmin avalia que a taxa prejudica a economia e defende um modelo mais eficiente para combater a inflação.
“Precisamos focar os juros onde realmente há impacto”, disse.
OTIMISMO COM A AGRICULTURA
Ele também prevê queda nos preços dos alimentos em 2025, impulsionada por melhores condições climáticas e pelo aumento da safra agrícola.
“A agricultura deve dar um empurrão ao PIB deste ano”, afirmou.
DEBATE CONTINUA
A proposta divide opiniões: enquanto alguns defendem maior previsibilidade, críticos alertam que a mudança pode mascarar a perda de poder de compra. O Banco Central ainda não se pronunciou.