O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins (Sindjor-TO) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) emitiram nota pública em solidariedade ao jornalista Cleber Toledo, vítima de ataques e intimidações no exercício de sua profissão. As entidades classificaram os episódios como tentativa de cerceamento à liberdade de imprensa, princípio fundamental da democracia.
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CRÍTICAS AO GOVERNO DO ESTADO
A violência virtual contra o jornalista vem escalando nas últimas semanas, desde que Toledo criticou, ainda em janeiro, o abandono da região do Bico do Papagaio, que sofre os impactos da queda da ponte JK, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). Depois a CCT revelou os desequilíbrios das contas do Estado.
Então, os ataques começaram a crescer, com postagens de textos, memes e vídeos, com tons cada vez mais agressivos, ameaçadores e difamatórios. “Não nada contra mim, então, apelam para fakes na tentativa de me difamar. Nunca a liberdade de imprensa e de expressão foi tão atacada no Tocantins nesses 20 anos de atuação do site como agora”, lamentou o jornalista.
FAMÍLIA SEM SAIR DE CASA
Ele contou que, em função dessa escalada das intimidações e violência virtual, está preocupado com a integridade física da sua família. “Pedi para que minha esposa e filhos só saiam de casa acompanhados e em caso de urgência. Recentemente tivemos o uso de forças policiais contra adversários, podem ocorrer agressões, enfim, a situação chegou a um ponto que tudo é possível, essa gente tem mostrado que é capaz de qualquer coisa”, disse.
NOTA PÚBLICA
Em documento, as organizações destacaram:
"É inaceitável que um profissional precise restringir sua rotina e a de seus familiares devido a perseguições. Ao intimidar um jornalista, toda a categoria fica exposta". O texto reforça que a independência jornalística é "sagrada" e não pode ser violada, defendendo uma relação de respeito entre imprensa e sociedade.
ENTIDADES COBRAM
O Sindjor-TO exigiu medidas urgentes das autoridades de segurança pública para proteger Toledo e demais jornalistas do Estado. A federação também convocou órgãos de direitos humanos a atuarem para garantir o livre exercício da profissão.
"A democracia se fortalece com jornalismo livre. Não podemos normalizar a violência contra quem cumpre o dever de informar", afirmou o sindicato.